Já sabíamos que este era e é um país pequenino e de capelinhas, onde quem pensa com um pouco mais de ambição e já deu provar de ser capaz de transformar as boas ideias em melhores realizações nunca merece aplauso, mais depressa suscita invejas. Não duvido que naquelas casas todas que citei atrás deve haver muitos directores e directorzinhos que, fechados nas suas conchas, queixando-se eternamente de falta de verbas, protegem o seu reduto e desconfiam da ambição. Sempre houve, pelos visto sempre haverá.
Sem um chavo para mandar cantar um cego, sem uma ideia séria para a cultura que vá para além da analfabeta obsessão com os Mirós, João Soares voltou a mostrar que há um terreno onde dificilmente é ultrapassado: o da grosseria.
Desta vez nem se incomodou muito com explicações. Limitou-se ao quero, posso e mando. Um quero, posso e mando que foi mesmo além do que é habitual nos nossos socialistas – este foi o quero, posso e mando de quem se chama Soares. João Soares.
PS. O mundo da cultura, tão fervilhante no tempo das indignações à mínima unha encravada, está estranhamente silencioso. Infelizmente não é nada que me surpreenda.
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