Há três meses, quando a recessão económica nos arrastava a todos para o fundo, ninguém imaginava que o FC Porto chegasse ao final do mês de Julho com quase 70 milhões de euros realizados em transferências. Mesmo os dirigentes dos principais clubes admitiam que o tempo das vacas gordas tinha passado e que a abordagem ao mercado teria de ser mais conservadora. Depois veio o terramoto Florentino Pérez - e tudo mudou. O problema dos terramotos é que são difíceis de prever. Podem acontecer de um momento para o outro, transtornando a vida, transformando a geografia e dividindo o tempo entre o antes e o depois do grande abalo. Ora, se é quase impossível prever um terramoto, é possível estar preparado para a eventualidade de ele acontecer. O FC Porto estava. E estava da única forma que é possível estar preparado para um terramoto: com um edifício sólido, construído na base de uma prospecção eficaz e de uma política de contratações inteligente, reforçado pela valorização dos activos e pela capacidade de negociação do clube. Condições fundamentais para surfar na crista do tsunami que varreu o futebol europeu na sequência do terramoto Florentino Pérez.
Pergunto eu: de onde vieram cerca de 80 milhões gastos por um clube lisboeta?
1 comentários:
Isso queria eu saber...
Será que vale a pena estarmos preocupado com o passivo do nosso clube, sabendo que eles gastam à fartazana e depois, se tiverem problemas, como no tempo de Vale e Azevedo, alguém resolve, nem que seja recebendo acções sem cotação?
Um abraço
Enviar um comentário