«Defendo a tese que não é o Porto que vive obcecado com ser a 2ª cidade do país, mas Lisboa que não suporta a ideia de não ser a primeira. Em tudo. É essa a sua concepção do país.
Em Portugal um evento com a Red Bull Air Race só faz sentido em Lisboa. Pela ordem natural das coisas.
Só não será lá se o governo decidir governar, ou seja, fazer acontecer o que, de outro modo, não aconteceria.
Ou se forças mais altas se levantarem.
Confesso que o alarido de Menezes e Rio me parece conversa de perdedores. Se os financiadores da eventual mudança são empresas de âmbito nacional é falar-lhes a linguagem que conhecem: deixar de ser cliente delas e desencadear uma campanha para que outros o façam. Se o financiamento vem, pelo contrário, de organismos públicos, denuncie-se e use-se a Assembleia da República para pedir explicações e a ameaça do voto [Francisco Assis percebeu-a de imediato]. E já agora, uma provocação.
As corridas de aviões são um acontecimento de impacto nacional, divulgam o nome da cidade mas também o do país. Por isso, no caso de mudança para Lisboa, que tal financiá-la ao abrigo dos efeitos "spill-over"? Eles a vê-los voar [os aviões] e nós a vê-los voar[os euros]. Chama-se a isto equidade!
Prof.Alberto Castro
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