Todos nós sentimos, com maior ou menor intensidade, a crise. Todos nós temos opiniões, mais ou menos formadas. Uns por convicção outros porque emprenham pelos ouvidos.
Podemos mesmo afirmar que um dos maiores pilares do bloqueio político em que nos encontramos decorre da forma persistente com que as interpretações simplistas (e fraudulentas) sobre a crise continuam a prevalecer na opinião pública.
Ajudadas pelos tele-economistas centralistas e colonialistas cúmplices do estado da Nação (mas que permanecem descarada e despuduradamente com a pedia cativa nas tertúlias televisivas), estas narrativas impedem uma compreensão adequada da crise, instigando os sempre mais populares (e populistas) sentimentos de acusação e de auto-culpabilização.
A desconstrução dessas narrativas continua por isso a ser essencial. Nesse contexto surgem coisas, organizações, associações como a ATTAC, que divulgou uma segunda versão, actualizada, do documento «A crise portuguesa em dez minutos». Para além de um diagnóstico muito claro e acessível sobre as causas da crise, o documento aponta alguns dos caminhos alternativos para a superar.
Será tendenciosa? Será do contra? Uma coisa é certa, é mais um contributo para a (contra)informação.
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