1º de Setembro de 1939:
os alemães derrubam a fronteira da Polónia.
Tem início a II Guerra Mundial.
A madrugada do dia 1º de Setembro de 1939 jamais será esquecido pelos habitantes da cidade polaca de Westerplatte, próximo a Gdansk, pois foi a primeira cidade atacada pela Alemanha nazi dois dias antes de se ter início oficialmente o maior conflito armado que a humanidade já conheceu, a Segunda Guerra Mundial.
A superioridade alemã em armas e tropas fez da resistência polaca uma atitude heróica não só nos dois dias que antecederam a Segunda Grande Guerra, com a Polónia sem seus principais aliados, França e Inglaterra como também durante todo o período que permaneceu ocupada.
O Ponto de vista interessante dessa ocupação não é o militar, já tantas vezes esmiuçado na história mas sim o civil, já que muito da resistência e da tentativa de manter a Polónia como um estado autónomo se deve a pessoas comuns, civis que viam na invasão do III Reich o fim do país que resistia mas como uma nação do que como um Estado.
A invasão alemã trouxe à Polónia não só prejuízos materiais e de vidas incalculáveis mas também a dor da separação de famílias que atravessaram o Atlântico a procura de refúgio nas Américas para escapar do ambiente de caos e horror que havia se instalado na Europa.
Lembremos os seis milhões de polacos que morreram no conflito.
Confira abaixo algumas imagens de Westerplatte.
Leia mais: http://historiofobia.blogspot.com/2009/09/outra-historia-em-setembro-70-anos-da.html#ixzz3kXKciFqX
Nessa manhã de 1 de Setembro de 1939, a Alemanha invadiu a Polónia e, dois dias depois, a Grã-Bretanha e a França declararam guerra à Alemanha.
Na altura da comemoração do seu 70º aniversário foi produzido um pequeno vídeo preparado para a efeméride:
Está também disponível uma série de três outros vídeos sobre a invasão da Polónia, num total de cerca de vinte minutos: I, II e III.
A imagem corresponde à primeira página do Diário de Lisboa de 1 de Setembro de 1939. Tal como quatro outros exemplares do mesmo dia, ou de 3 de Setembro, pode ser lida aqui.
Principais títulos:
- «Os acontecimentos precipitam-se. Foi proclamada a anexação de Dantzig ao Reich» (1 de Set.)
- «A Polónia resiste à invasão» (1 de Set.)
- «O embaixador inglês sairá de Berlim (1 de Set.)
- «A Inglaterra declarou guerra à Alemanha, depois de um ultimato entregue às 9 horas e cujo prazo expirou às 11» (3 de Set.)
- «Desencadeou-se a conflagração europeia – As horas decisivas dum dia memorável (3 de Set.)
No dia 2 de Setembro, o governo português emitiu o seguinte comunicado:
«Apesar dos incansáveis esforços de eminentes chefes de governo e da intervenção directa dos chefes de muitas nações, eis que a paz não pôde ser mantida e a Europa mergulhada, de novo em dolorosa catástrofe. Embora se trate de teatro de guerra longínquo, o facto de irem defrontar-se na luta algumas das maiores nações do nosso continente – nações amigas e uma delas aliada – é suficiente para o grande relevo do acontecimento e para que dele se esperem as mais graves consequências: Não só se lhe não pode ficar estranho pelo sentir, como há-de ser impossível evitar as mais duras repercussões na vida de todos os povos.
Felizmente, os deveres da nossa aliança com a Inglaterra, que não queremos eximirmos a confirmar em momento tão grave, não nos obrigam a abandonar nesta emergência a situação de neutralidade.
O governo considerará como o mais alto serviço ou a maior graça da Providência poder manter a paz para o povo português, e espera que nem os interesses do país, nem a sua dignidade, nem as suas obrigações lhe imponham comprometê-la.
Mas a paz não poderá ser para ninguém desinteresse ou descuidada indiferença. Não está no poder de homem algum subtrair-se e à Nação às dolorosas consequências de guerra duradoura e extensa. Tendo a consciência de que aumentaram muito os seus trabalhos e responsabilidades, o Governo espera que a Nação com ele colabore na resolução das maiores dificuldades e aceite da melhor forma os sacrifícios que se tornarem necessários e se procurará distribuir com equidade possível.
A todos se impõe viver a sua vida, mas agora com mais calma, trabalho sério, a maior disciplina e união; nem recriminações estéreis nem vãs lamentações, porque em muito ou pouco fique prejudicada a obra de renascimento a que metemos ombros. Diante de tão grandes males, faz-se mister ânimo forte para enfrentar as dificuldades: e da prova que ora derem, sairá ainda maior a Nação.» [ algum material encontrado aqui ]
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