O primeiro-ministro referiu-se, na Apresentação e Discussão do Programa do XX Governo Constitucional, ao processo de substituição de António José Seguro por António Costa na liderança do PS, considerando "penoso" ver agora o exercício socialista de tentar atribuir à coligação PSD/CDS-PP a penalização eleitoral pelos portugueses.
Palavras que foram proferidas por Pedro Passos Coelho na parte final da sua resposta a uma interpelação inicial do vice-presidente da bancada socialista, Pedro Nuno Santos, que dentro do PS se opôs à liderança de António José Seguro entre 2011 e 2014.
"Depois de quatro anos de oposição cheia de cedências ao facilitismo e ao irrealismo, depois de mudarem o líder do vosso partido por ter ganho por poucochinho nas eleições europeias e depois de procurarem mostrar todos os dias que a grande diferença estaria na amplitude do resultado maioritário que obteriam nas eleições legislativas, é quase penoso ver o exercício que estão fazendo - e que hoje aqui repetiram - para explicar que nós é que fomos penalizados pelos portugueses e que os socialistas foram bafejados pelo mérito", declarou Pedro Passos Coelho, recebendo uma prolonga salva de palmas das bancadas do PSD e do CDS.
Pedro Passos Coelho disse ter consciência de que a coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições com maioria relativa, "mas ganhou-as".
"O facto de as termos ganho sem alterar a postura anti-demagógica e irrealista e de termos aplicado de facto um programa de grande dificuldade ao longo destes anos, isso, senhor deputado, só valoriza a nossa vitória eleitoral e o facto de não as termos perdido", frisou o líder do executivo.
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