Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Apesar de tudo, ele (Pinto da Costa) não merece, mas o túmulo já está a ser aberto e depressa nele o vão deitar...

Pinto da Costa, Pedroto, Teles Roxo, Reinaldo Teles, tantos treinadores e fabulosos jogadores, dirigentes abnegados e sacrificados, fizeram do FC Porto aquela máquina temida, com um estádio considerado dos mais terríveis para os adversários e um pavilhão onde equipas das chamadas modalidade amadoras transpiravam as camisolas azuis e brancas para no fim deliciar os Dragões com vitórias saborosas e troféus que nos encheram de orgulho.

Daquele tempo poucos sobram: nomeadamente no futebol, Reinaldo Teles, a sombra sempre ponderada e muito mais importante do que muitos sabem (muitas vezes a voz que resolvia realmente os problemas - em todas as modalidades!) e Pinto da Costa, por hoje, o Presidente Mundial com mais títulos e conquistas, nacionais e internacionais. 

Pinto da Costa levou o FC Porto a um nível extraordinário, fazendo do Clube um símbolo de respeito e admiração. 
No Clube mais representativo da segunda maior cidade de um país macrocéfalo e cuja capital continua a tratar todo o resto como colónia e tem que se subjugar à sua centralidade imposta, Pinto da Costa foi o símbolo à frente de um exército que conseguiu derrotar os seu INIMIGOS centralistas (digo inimigos e não adversários, porque não verdade sempre se comportaram como tal, sempre tudo fizeram para nos subjugar).

Os sucessos eram quase sempre garantidos e a honra de ser Porto era o nosso orgulho e o desespero dos adversários que, embora gozando de protecções só dadas outrora aos senhores feudais, gozando de uma certa ideia desportiva nacional que ser dos símbolos da 2ª circular era a única escolha válida, jamais conseguiam interromper a nossa fome de conquistas.

O princípio do fim?

  • Pois isso, nos últimos 3 anos está a perder-se. O mercantilismo de uma SAD alicerçada em 520.000 euros por cabeça/época (fora o resto, mesmo prémios em horas de derrota) está a matar essa hegemonia. 


  • Depois a tal visão mercantilista ainda poderia ter servido para eliminar lentamente o passivo mas, pelo contrário, estão a depauperar o "inventário" (leia-se equipa de futebol) e as "contas do balanço" isso mostram. É só perceber que após 100 milhões de vendas no último ano aquela "esclarecida" SAD consegue apresentar prejuízo e com isso aumentar assustadoramente o passivo! Nem as promessas dos constantes contratos-fabulosos nos convencem, até porque já começamos a perceber para onde se escorrem esses milhões...

  • A velhice, os devaneios sexuais e os ataques soezes contra Pinto da Costa e o Clube deixaram-lhe marcas e foi-se perdendo o outrora sagaz, irónico e perspicaz avaliador de homens, de ideias e de objectivos.


  • Por outro lado, e há que reconhecer esse lado negro, desde sempre, Pinto da Costa permitiu que os símbolos do Clube fossem muitas vezes corridos ou afastados, e nos últimos 3 anos olhamos para as várias modalidades e percebemos isso muito bem...

O que fazer?

Apesar destas muitas angústias e dúvidas, até agora, nenhum Portista, nenhum Dragão que ir contra a figura tutelar, o seu "Pai" desportivo ou mesmo o seu "Deus" na Terra. Pelo seu passado de vitórias sem igual, pelo orgulho tripeiro e nortenho conquistados, a sua presença é ainda respeitada e temida e ninguém se atreve a dizer que ele está a mais. 
Não está, mas está na hora de se afastar, de permitir deixar cair toda uma SAD em quem os sócios e adeptos já não se revêm...

Muitos dos actuais sócios e adeptos já nem sequer são do tempo dos Andrades, gozados por qualquer equipa regional. Não percebem o sofrimento de décadas sem triunfos, do "pró ano é que é ", do comer e engolir porque o fascimo outrora (e hoje, com outro nome) vigente no desporto português amordaçava o nosso grito audaz. Por isso, a memória recente destes contínuos e repetidos falhanços levará a acontecer a Pinto da Costa aquilo que ele mesmo preparou a Américo de Sá, um esforçado mas algo incapaz Presidente (porque tinha medo de "ofender" a capital), ou seja ser corrido, para gáudio dos (nossos) seus inimigos lisboetas e toda essa corja cobarde adepta do "nacional-lisboetismo" que prefere lamber as botas aos símbolos da capital do que lutar pelos símbolos das suas regiões contra a usurpação, repito, nacional-lisboeta.
É injusto? Sê-lo-á, mas já começa a ser merecido!




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