António Costa, “o grande ilusionista”, segundo o El País
Em 29 de Novembro passado o jornal castelhano traçava o perfil de Costa, o "grande derrotado" das eleições de 4 de Outubro de 2015, "conspirador", "ilusionista", "negociador incansável", que chegou em 50 dias a primeiro-ministro.
De grande derrotado nas eleições legislativas a primeiro-ministro. Como? Para o jornal espanhol El País, que publicou um perfil sobre António Costa, o seu grande mérito foi o de conseguir “acordos impossíveis”. O jornal chama-lhe mesmo “o grande ilusionista” e “sempre conspirador”.
“Não é uma pessoa ambiciosa. Mas tem ambição”, disse ao jornal Maria Antónia Palla, mãe do atual primeiro-ministro de Portugal. A partir daí, recordam-se os muitos cargos por onde passou António Costa, de vereador da Câmara de Loures a deputado na Assembleia, de eurodeputado a “ministro do que calhar” e “sempre conspirador”.
Também perdeu as legislativas de 4 de Outubro, ficando a seis pontos de distância da coligação PSD-CDS. Mas a fama de “negociador incansável” que tinha granjeado na época em que foi ministro, primeiro dos Assuntos Parlamentares, depois da Justiça e, durante o vergonhoso Governo Sócrates, da Administração Interna. Uma característica útil para as negociações que se iniciaram no dia seguinte às últimas legislativas, com o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista.
Tanto que, em 50 dias, Costa conseguiu formar Governo, “feito excecional apenas ao alcance de gente com superpoderes — o que não tem mérito — ou de mestres do ilusionismo, que é o caso“, pode ler-se no perfil traçado, que termina com uma previsão: “A próxima aposta é que António Costa, o grande ilusionista, não dura um ano. Ha“
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