Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Os guardiões que protegem e zelam pelo bem-estar dos rios e ribeiras do Porto

A profissão de guarda-rios já esteve extinta, mas foi recuperada e os efeitos estão à vista: estes guardiões desempenham um importante papel na monitorização e protecção dos rios e ribeiras do Porto, de que é um bom exemplo a recuperação do Rio Tinto.


Este curso de água foi alvo de uma acção de despoluição que permitiu eliminar as descargas poluentes e recuperar os seus aspectos mais aprazíveis. A reabilitação do Rio Tinto possibilitou também a duplicação do Parque Oriental da Cidade do Porto, espaço verde que passou a incluir mais três quilómetros de percurso pedonal junto ao rio.

O regresso dos guarda-rios, sob a alçada da empresa municipal Águas do Porto, foi fundamental neste processo, porque em última análise são eles quem vigia e zela pela manutenção do bem-estar dos cursos de água.

Esta profissão foi recentemente retratada numa reportagem do Porto Canal, na qual o vice-presidente da Câmara do Porto, também vereador da Inovação e Ambiente, Filipe Araújo, testemunhou o significado da existência dos guarda-rios: "Mostra que estamos muito atentos à preservação do ecossistema que aqui se desenvolve, e que se desenvolverá cada vez mais com a preservação da biodiversidade".

"O facto de estarmos presentes faz com que as pessoas zelem pelo rio, faz com que não haja tantos actos ilícitos, e isso é muito positivo para as massas de água e para a cidade do Porto. Os guarda-rios têm rotinas diárias, de visitar vários pontos que podem ser críticos", acrescentou Rita Cunha, coordenadora Águas do Porto.

Para quem desempenha estas funções, ser o guardião dos rios e ribeiras do Porto é "um orgulho". No troço do Rio Tinto integrado no Parque Oriental, em particular, José Lopes nota enormes diferenças: "Já conseguimos ver o fundo do rio, já conseguimos ver peixes, já conseguimos ver patos, o que nos dá satisfação", confessou este guarda-rios.

O Rio Tinto é um caso paradigmático, acrescentou Filipe Araújo. "A recuperação foi mais rápida do que eu estava à espera. Passadas poucas semanas, a água corria transparente e via-se o fundo. O mais espectacular, e que tem acontecido nos últimos tempos, é a recuperação da biodiversidade: hoje já vemos peixes, já vemos enguias, temos uma clara melhoria da qualidade da água e do espaço em geral".

Isto reflecte-se na fruição que os munícipes fazem do Rio Tinto. "Tratou-se de recuperar aquilo que era, se calhar, o maior passivo ambiental que existia na região, disponibilizando este parque fantástico à população, que nos últimos tempos tem vindo a usufruir cada vez mais. Vemos constantemente pessoas aqui a passear, a andar de bicicleta, a passear os seus cães, temos de facto uma grande utilização por parte da população", salientou o vice-presidente da Câmara do Porto.

O esforço do Município para disponibilizar mais espaços verdes à cidade vai continuar nos próximos anos, com os trabalhos do novo pulmão verde da cidade, o Parque Central da Asprela, já a decorrer. Num local há muitos anos abandonado, irá surgir um espaço verde aprazível para a utilização e fruição da população, tirando ainda partido das características hidrográficas da Ribeira da Asprela.

A proposta de revisão do Plano Director Municipal estabelece, de resto, o objectivo de duplicar as áreas verdes do município.

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