Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Toda a história


Johannes Chrysostomos Wolfgang Theophilus nasceu em Salzburgo no dia 27 de Janeiro de 1756. Desde muito cedo adoptou o nome de Wolfgang Amadeus Mozart, e ficou para a história como um dos maiores e mais precoces talentos musicais de todos os tempos.

Um pequeno génio é, simultaneamente, uma potencial fonte de rendimento, daquelas que têm que ser rapidamente aproveitadas, pois uma criança prodígio não será nunca, por definição, algo para durar muitos anos...

Por iniciativa própria, começou a assistir às lições de música que a sua irmã Nannerl recebia, e não tardou a exibir progressos notáveis: aos 3 anos já se desenrascava no cravo, aos 5 compunha as primeiras obras e aos 7 já tocava violino. As viagens destinadas a exibir os dotes de Mozart, ou melhor, a aumentar o rendimento familiar pela exibição dos dotes de Mozart, começaram tinha ele apenas 6 anos. Os primeiros destinos: Munique e Viena.

Após ter tocado na Universidade de Salzburgo, em Setembro de 1761, Mozart rumou a Munique, em Janeiro do ano seguinte e, em Setembro, a Viena, onde a família tocou perante o vice-chanceler imperial: Leopold Mozart (1719-1787) ao violino, Nannerl (1751-1829) tocou piano e cantou, com Mozart no cravo e também ao violino. Consta que no cravo, os pés de Mozart nem ao chão chegavam...

Em Viena tocaram ainda para a imperatriz Maria Teresa (1717-1780) e para a sua filha Maria Antonieta (1755-1793), futura rainha de França e detentora de um pescoço admirável. Mozart não perdeu a oportunidade para brilhar, ordenando a Georg Christoph Wangenseil (1715-1777), músico da corte que gozava de bastante popularidade, que lhe virasse as páginas da partitura!

A família Mozart foi generosamente paga na altura, mas a imperatriz viria a desenvolver-lhe um ódio de estimação, apelidando os Mozart de um bando de inúteis e pedintes...

Não passou muito tempo sem que os Mozart voltassem à estrada, com destino a algumas cidades alemãs, a Paris e a Londres. Em Junho de 1763 partiram em direcção a Munique, primeira paragem de tão ambiciosa jornada. Começo auspicioso, com bastante e generosa assistência no Palácio de Nymphenburg. Passaram ainda por Augsburg, Heidelberg e Francoforte, após o que se detiveram 6 semanas em Bruxelas, antes de seguirem para Paris.

Chegaram a Paris no dia 18 de Novembro de 1763. Na impossibilidade de tocarem na Academia Real de Música, hoje Ópera Nacional de Paris, mas na altura dominada em exclusivo pelos herdeiros do compositor Jean-Baptiste Lully (1632-1687), apareceram no Palácio de Versalhes, tendo Mozart travado conhecimento com a rainha Marie Leszinska e com Madame de Pompadour (1721-1764), famosa amante do rei Luís XV (1710-1774).

Em Abril do ano seguinte os Mozart foram para Londres, onde o jovem Wolfgang teve a oportunidade de conhecer Johann Christian Bach (1735-1782), filho mais novo de Johann Sebastian Bach (1685-1750) e que, na altura, era o professor de música da rainha. Em Londres deram 4 concertos públicos e tocaram ainda para o rei George III (1738-1820) e a rainha Charlotte (1744-1818), com assinável sucesso, musical mas não financeiro, que o casal real era forreta até dizer basta...

Em Julho de 1765 deixaram Londres, passaram alguns meses na Holanda e, em Julho do ano seguinte regressaram a Paris, antes de voltarem a Salzburgo, onde chegaram em Novembro de 1766. Mozart ainda não tinha 11 anos, e estava há mais de 3 anos e meio fora de casa.

Aquando do regresso a Salzburgo, Mozart era já um compositor respeitado e admirado, tendo recebido encomendas para várias obras. São dessa altura a cantata Grabmusik, o drama Die Schuldigkeit des ersten Gebots e a ópera Apollo et Hyacinthus.

Tal não impediu, contudo, que em Setembro de 1767 voltassem às viagens, e de novo com destino a Viena. Nem a epidemia de varíola que por lá grassava demoveu Leopold Mozart, que a recompensa que almejava justificava correr tais riscos. O que é certo é que lá acabaram por ser chamados pelo imperador, para quem Mozart escreveu a sua primeira ópera italiana, La finta semplice.

Data também dessa altura a ópera Bastien und Bastienne que, impedida de se estrear na corte por intrigas várias, viria a registar a sua estreia, em Setembro de 1768, na casa do doutor Franz Anton Mesmer (1734-1815), o mesmo que deu origem à palavra mesmerismo, a cura de doenças pelo uso do magnetismo animal.

Os Mozart regressaram então a Salzburgo, para uma estadia de curta duração, uma vez que em Dezembro de 1769 já estavam de novo de abalada, rumo a Itália. Desta vez apenas foram Leopold e o filho Wolfgang, possivelmente para limitar os custos. Por lá tocaram, improvisaram, foram à ópera, andaram por Milão, Bolonha, Florença, Veneza, Roma. Foi nesta última cidade que se deu um célebre episódio quando, na Capela Sistina, Mozart escreveu de cor o Miserere, do compositor italiano Gregorio Allegri (1582-1652). Em Milão, Mozart compôs a sua primeira ópera séria, Mitridate.

Em Março de 1771 os Mozart regressaram a casa onde, para não variar, pouco tempo ficaram: em Agosto voltaram a Itália, para o casamento do arquiduque Ferdinand (1754-1806), e por lá ficaram cerca de 4 meses. É dessa época a ópera Ascanio in Alba. O principal objectivo desta viagem e, por sinal, também da seguinte, ficou por atingir: arranjar emprego em Itália. Tarefa tornada impossível pela já referida aversão de Maria Teresa pela família Mozart, que levou a que o arquiduque Ferdinand, seu filho, tivesse rapidamente desistido de ter Mozart ao seu serviço. Foi o fim da carreira italiana para os Mozart.

Para as suas viagens, os Mozart tinham sempre contado com a colaboração do arcebispo Sigismund Christoph (1698-1771), mas com a morte deste, que coincidiu com o regresso da 2ª viagem a Itália, o panorama mudou de figura. O seu sucessor, o arcebispo Hieronymus von Colloredo (1732-1812), adepto fervoroso da disciplina e da obediência, limitou a duração das missas bem como a execução de música na catedral de Salzburgo, privilegiando ainda os músicos italianos. Tempos desfavoráveis para Wolfgang, que se viu apenas como mais um dos compositores residentes naquela cidade.

Em qualquer dos casos, os Mozart ficariam por Salzburgo até ao Outono de 1777. O pai, Leopold, dava aulas de música privadas, e Mozart, além de Konzertmeister, dedicava-se à composição. São desta época obras como a Sinfonia Nº25, K183, o Concerto para Fagote, K191, a Sinfonia Nº29, K201, 5 Concertos para Violino (K207, K211, K216, K218, K219), assim como vários Divertimentos e Serenatas. Em 1775, Mozart escreveu, por encomenda de Munique, La finta giardiniera, uma ópera buffa em três actos e, entre 1776 e 1777, um conjunto de Concertos para Piano, incluindo o extraordinário Nº9, K271, dedicado à virtuosa pianista francesa Mademoiselle Jeunehomme (cuja existência muito boa gente põe em causa).

Apesar da vida social agradável, com serões musicais, jogos vários, e idas ao teatro e à ópera, Mozart sentia-se deveras frustrado, pela qualidade da música de Salzburgo, por um lado, e pela falta de oportunidades que lhe eram dadas, pelo outro. Daí até à decisão de partir de novo em viagem foi um pequeno passo. Apesar dos cuidados com que os Mozart colocaram essa hipótese, por forma a não melindrar o arquiduque Colloredo, foram brindados com um "pai e filho têm a oportunidade para ir procurar fortuna noutro lado", segundo umas fontes, ou um ainda mais seco "pode ir, não vou ter saudades!", segundo outras. Simpático...

Talvez com o objectivo de limitar os danos, desta vez Leopold ficou em casa, e o jovem Mozart partiu de Salzburg apenas acompanhado pela mãe. Não se pode dizer que o pai tenha estado ausente dessa viagem, contudo, uma vez que inundou o filho de cartas, com preocupações várias e conselhos muitos...

Tendo saído de Salzburgo em Setembro de 1777, tiveram uma primeira estadia, pequena, em Augsburg, após o que seguiram para Mannheim, casa de uma das mais importantes orquestras. Aqui, contudo, para além de confraternizar com vários músicos da orquestra e, no que a Mozart disse respeito, de uma forma mais intensa com a cantora Aloysia Weber, não atingiram o principal objectivo, o de Mozart arranjar um emprego estável. São dessa data os Quartetos para Flauta, K285 e K285a, uma das poucas encomendas que Mozart recebeu, insuficientes, todavia, para garantirem sustento por muito tempo.

A situação política na Alemanha, com a mudança da corte da Bavária de Mannheim para Munique e a tentativa dos Habsburgos aumentarem o seu domínio territorial, não dava grandes perspectivas aos músicos em geral e a Mozart em particular, que apenas via um destino possível para tentar a sua sorte: Paris, para onde partiu em Março de 1778.

Aí, todavia, a situação não se apresentaria fácil para Mozart, embrenhada como estava a sociedade musical lá do burgo na disputa operática entre Christoph Gluck (1714-1787) e Niccolò Piccinni (1728-1800). Luta renhida, que os partidários do estilo realista de Gluck e do italiano de Johann Hasse (1699-1783) desconheciam o significado de tréguas, tendo os segundos chamado Piccini a Paris para ajudar à sua causa. Tempos difíceis para Mozart, também, que por essa altura viu a mãe falecer e as relações com o pai deteriorarem-se. Era tempo de voltar a casa, onde chegou em Janeiro de 1779. De Paris, além da morte da mãe e do insucesso em arranjar o tal emprego, ficaram meia dúzia de obras, de entre as quais algumas Sonatas (K304, K306, K310) e a Sinfonia Nº31, "Paris", K297.

Goradas as hipóteses parisienses, Mozart viu-se confinado a Salzburgo durante perto de 2 anos, entre Janeiro de 1779 e Novembro de 1780. Não caía de amores pelo arcebispo Colloredo, desprezava a vida cultural e política, e tinha em conta de mediana, ou mesmo má, a maioria da música que se produzia naquela cidade.

Na falta de melhor alternativa, Mozart foi por ali ficando, e que fazer senão aquilo que ele mais gostava? São desse tempo a Sinfonia Concertante para Violino e Viola, K364, as Sinfonias Nº32, K318 e Nº33, K319, e duas Missas, K317 e K337.

Até que veio uma encomenda de Munique para uma ópera, cidade a que Mozart se dirigiu nos finais de 1780 para aí terminar e supervisionar a preparação de Idomeneo, a sua primeira grande obra do género. Tinham apenas decorrido 3 récitas quando, em Janeiro de 1781, Mozart foi para Viena incluído na comitiva do arcebispo Colloredo, que ia visitar o pai, doente. Tratado com pouca deferência e impedido de dar concertos públicos, Mozart preferiu ficar por Viena a regressar com o resto da comitiva a Salzburgo, assim encerrando de forma definitiva as (tempestuosas) relações com o arcebispo.

Enfrentava um desafio de monta, sobreviver em Viena como músico e sem patrono, contando ainda com a hostilidade da família imperial, naquele que acabaria por ser, todavia, o seu período mais produtivo. Em meados de 1781, Mozart dava aulas para sobreviver e vivia em casa dos Weber. Nessa altura já Aloysia Weber havia casado, e Mozart acabaria por casar com a irmã mais nova, Constanze Weber (1762-1842), em Agosto de 1782. Para grande desgosto do pai, Leopold Mozart, que desejava para o filho um bom casamento que trouxesse os proventos que almejava para a família...

Em 1781, por encomenda de Joseph II, Mozart começou a escrever a ópera Die Entführung aus dem Serail (O Rapto do Serralho), que seria estreada em Julho de 1782 e representaria o seu maior sucesso até então, apesar da crítica mordaz do imperador, pois "tinha notas a mais"... Quatro anos depois e a ópera já tinha passado por mais de 20 cidades.

Pouco tempo depois, Mozart seria contratado pelo barão Gottfried van Swieten (1733-1803), o mesmo que viria mais tarde a colaborar com Joseph Haydn (1732-1809) nos oratórios A Criação e As Estações. Mozart ficou encarregue de colocar ordem nas obras de Johann Sebastian Bach (1685-1750) e de George Frideric Handel (1685-1759) pertencentes à Biblioteca Imperial, e teve a oportunidade de se cruzar com o Cravo Bem-Temperado e a Arte da Fuga, bem como com vários oratórios de ambos os compositores.

Nos finais de Julho de 1783, o casal Mozart deslocou-se a Salzburgo para uma estadia de curta duração, cerca de 3 meses. A adesão de Mozart à maçonaria aconteceu pouco depois do regresso a Viena apesar de, na altura, esta estar a ser olhada com alguma desconfiança, por "suspeita de actividades subversivas". Pelos vistos essa decisão aumentou-lhe as possibilidades de obter crédito, algo fundamental para quem tinha que fazer face a elevadas despesas e se tinha especializado no sistema "chapa ganha, chapa gasta"...

As encomendas de obras, especialmente de óperas, representavam importantes fontes de rendimento para Mozart. Os concertos em casa das famílias mais abonadas foram a outra forma que o compositor encontrou de complementar os rendimentos, e de estar menos dependente das sempre imprevisíveis encomendas. Das composições dessa época salientam-se 9 Concertos para Piano (K413, K414, K415, K449, K450, K451, K453, K456 e K459), escritos entre 1782 e 1784, os Quartetos dedicados a Joseph Haydn (K387, K421, K428, K458, K464 e K465), a Sinfonia Nº35, "Haffner" e um outro Concerto para Piano, o Nº20, K466, terminado em Fevereiro de 1785.

As despesas da família Mozart aumentavam ao mesmo ritmo que os rendimentos, senão mesmo maior, o que, se não permitia conservar muito dinheiro debaixo do colchão, sempre dava para levar uma vida faustosa. De tal forma que, quando Leopold Mozart foi a Viena visitar o filho, em Fevereiro de 1785, ficou favoravelmente impressionado com os sinais exteriores de riqueza. Entre carruagens, várias casas, mordomos, grandes mariscadas, champanhe qb e festas até às tantas, tudo exibia o sucesso de Wolfgang.

Mas as preocupações financeiras de Mozart não eram pequenas, que às despesas referidas se somavam as relacionadas com a sua esposa Constanze, várias vezes grávida durante a década de 80 e inícios da de 90, e frequentemente doente. Urgia uma encomenda operática que, contudo, apenas chegou em 1786. Entre 1785 e 1786, e enquanto a ansiada encomenda não chegava, Mozart escreveu várias obras importantes, com particular destaque para os Concertos para Piano: Nº20 K466, Nº21 K467, Nº22 K482, Nº23 K488 e Nº24 K491.

Dando-se o caso de o imperador austríaco apoiar a ópera italiana em detrimento da alemã, e de ter uma especial preferência pelo libretista, também italiano, Lorenzo da Ponte (1749-1838), compreende-se que tenha sido deste último a responsabilidade de escrever os libretos para as 3 óperas de Mozart que se seguiram. A primeira, Le nozze di Figaro, baseada num texto de Beaumarchais (1732-1799), cuidadosamente expurgado de todas as conotações políticas por forma a não incomodar o sensível imperador. Não teve grande sucesso em Viena, ao contrário do que aconteceu em Praga, onde Mozart recebeu uma encomenda para uma nova ópera, que viria a dar origem a Don Giovanni. Estreada nessa cidade no dia 29 de Outubro de 1787, obteria um enorme sucesso, ao contrário do que viria a acontecer em Viena, onde foi recebida com frieza.

A última das 3 óperas que teve Lorenzo da Ponte como libretista foi Così fan tutte, encomendada e escrita em 1789, e estreada em Janeiro de 1790. Para não variar, o público vienense não mostrou grande apreço pela obra...

A morte do imperador José II, em Fevereiro de 1790, não veio facilitar em nada a vida de Mozart. O sucessor, Leopoldo II (1747-1792), irmão de José II, decidiu cortar nos custos, a começar pelos apoios às artes, de que resultou, por exemplo, o encerramento de todos os teatros. Como se tal não bastasse, ainda se dava o caso da sua esposa, Maria Luísa, ter uma especial aversão pela música de Mozart... A consequência mais imediata para o compositor foi ver o fim das récitas de Così fan tutte, na altura em cena na capital austríaca.

O ano de 1790 foi assim muito difícil para Mozart que, além dos problemas referidos, foi ainda afectado por problemas de saúde. Mas se nesse ano a sua produção foi parca, contando-se apenas uma dezena de obras, já 1791, ano da sua morte, assistiu a uma explosão de criatividade, contando-se, entre as cerca de 30 obras que escreveu, algumas das suas mais significativas. São desta fase, por exemplo, os Quintetos para Cordas K593 (este de Dezembro de 1790) e K614, o Concerto para Clarinete, K622, o Concerto para Piano Nº27, K595, as óperas La clemenza di Tito e Die Zauberflöte, e o Requiem, deixado incompleto e posteriormente finalizado por Franz Xaver Süssmayr (1766-1803).

Mozart fez os possíveis para cair nas boas graças do imperador, assistindo às suas coroações em Francoforte, em Setembro de 1790, e em Praga, um ano depois, altura em que La clemenza di Tito teve a sua estreia. Sem registar um grande sucesso, diga-se, até por esta não ser certamente uma das melhores óperas do compositor. Escusado será referir o empenho com que a imperatriz Maria Luísa divulgou a sua opinião sobre a obra...

Por essa altura Mozart recebeu do conde Walsegg uma encomenda para um Requiem. O conde, de apenas 28 anos, chorava a morte de sua esposa, 8 anos mais nova, e ambicionava interpretar aquela obra em sua memória. Mozart, contudo, não viveria o suficiente para a terminar. Atacado de febre reumática, faleceria no dia 5 de Dezembro de 1791. Uma morte porventura já esperada pelo compositor que, uns meses antes, se despediu de Haydn, que estava de partida para Londres, com um "este será provavelmente o nosso último adeus". Já no leito da morte, Mozart afirmaria mesmo que "estava a escrever um Requiem para ele mesmo".

Bibliografia
The Lives & Times of The Great Composers, Michael Steen
The Oxford Companion to Music
The Rough Guide to Opera, Matthew Boyden
The Opera Lover's Companion, Charles Osborne
Ópera, András Batta
Dicionário Grove de Música, Stanley Sadie


Internet
Mozart forum / the Mozart Project / Wolfgang Mozart / Mozart 2006 Salzburg / Mozart 2006 / Classical Music Pages