Ando triste, meu amigo.
Há uma ausência morando em minha casa
que cobre de cinzas os espelhos,
amarga o sumo das frutas
e abala as flores em desfalecido langor de doentes.
Sonhei muito e o cansaço também me abate
vivo longe, afasto-me de mim
incapaz de olhar o anel que se quebrou.
Ando pelas manhãs, em lágrimas
o sol queima meus olhos
e desfaz toda cor.
(Que cor terá a saudade?)
Voltei à eterna noite e às lembranças,
dardos inesperados a sangrar, a sangrar...
Desta tão grande noite,
fogem até as felicidades fáceis
e me abandonam as palavras, uma a uma,
seguindo o caminho de quem me deixou.
Há uma ausência morando em minha casa
que cobre de cinzas os espelhos,
amarga o sumo das frutas
e abala as flores em desfalecido langor de doentes.
Sonhei muito e o cansaço também me abate
vivo longe, afasto-me de mim
incapaz de olhar o anel que se quebrou.
Ando pelas manhãs, em lágrimas
o sol queima meus olhos
e desfaz toda cor.
(Que cor terá a saudade?)
Voltei à eterna noite e às lembranças,
dardos inesperados a sangrar, a sangrar...
Desta tão grande noite,
fogem até as felicidades fáceis
e me abandonam as palavras, uma a uma,
seguindo o caminho de quem me deixou.
Imagem: Fiodor Moller
(rertirada da net e enviada pelo meu amigo Luis P.)