A história da recuperação de Hulk (por Nuno A.Amaral, no JN)
Hulk recuperou em duas semanas da rotura de ligamentos do tornozelo esquerdo que sofreu na Amadora, quando tudo apontava para que estivesse parado até ao final da época. O segredo tem nome: câmara hiperbárica.
Quando caiu na Amadora, a 22 de Abril, no jogo da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal com o Estrela, após uma entrada duríssima de um adversário, temeu-se o pior para o Hulk. O super-herói do F. C. Porto soube, 24 horas depois, que tinha sofrido uma rotura parcial dos ligamentos do tornozelo esquerdo e o diagnóstico foi uma paragem mínima de um mês, que o afastaria dos relvados até ao fim da temporada, mas o departamento médico dos dragões tinha uma arma secreta para utilizar...
Nos dias que se seguiram à lesão, o avançado brasileiro deslocou-se ao Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, onde foi sumetido a sessões de oxigenioterapia numa câmara hiperbárica, e os resultados foram sensacionais. Os termos podem ser difíceis de pronunciar, mas não são estranhos aos futebolistas, muito menos aos do F. C. Porto. Trata-se de um método terapêutico pouco divulgado em Portugal (para além do Pedro Hispano, apenas o Hospital da Marinha, em Lisboa, possui uma câmara deste género), em que o oxigénio chega, através da corrente sanguínea, aos pontos do corpo que precisam de regeneração.
O oxigénio puro, respirado num meio ambiente com uma pressão superior à atmosférica, permite acelerar a cura de infecções, queimaduras graves e lesões ósseas ou traumáticas, como foi o caso de Hulk.
O JN sabe que o avançado foi submetido a sessões dentro da câmara hiperbárica, ao longo das quais respirou através de uma máscara facial. O facto é que, duas semanas depois de se ter lesionado, Hulk foi convocado para o jogo com o Nacional, que selou a conquista do tetra, no qual ficou no banco e só não foi utilizado porque as lesões sofridas por Fucile e Raul Meireles obrigaram Jesualdo Ferreira a fazer substituições que não estavam no programa. No sábado passado, o dianteiro consumou o regresso aos relvados na Trofa, tendo entrado na segunda parte e mostrado que está totalmente recuperado da lesão no tornozelo, tal a velocidade e forma como participou nas jogadas ofensivas dos dragões.
No fundo, tratou-se de mais um caso de sucesso do departamento médico do clube azul e branco, que, pela voz de Nélson Puga, revelou anteontem ser o F. C. Porto o clube europeu com maior percentagem de jogadores do plantel aptos a jogar durante uma época (cerca de 95%).
O sucesso da medicina hiperbárica aplicada ao futebol depende de vários factores, entre os quais a idade dos atletas, mas parece encontrada mais uma fórmula inovadora. No Brasil, foram noticiadas várias recuperações de atletas com lesões musculares, que regressaram à competição dez dias antes do prazo previsto, e em Espanha também consta que Raúl, estrela do Real Madrid, se submete com frequência a sessões numa câmara hiperbárica para superar problemas físicos sofridos ao longo da carreira.
Contactado pelo JN, António Gaspar, fisioterapeuta que durante vários anos esteve ao serviço da selecção portuguesa, afirmou que "a medicina hiperbárica é mais um meio de recuperação" para os jogadores, mas é de difícil acesso para outros doentes, porque se torna "bastante dispendiosa". "Por esse motivo, não acredito que os clubes possam vir a investir em câmaras hiperbáricas para uso próprio. Penso que continuarão a suceder estes casos, em que os clubes utilizam os meios postos à disposição, em Lisboa ou no Porto", referiu.
No Hospital Pedro Hispano, ficou bem conhecido o caso de um músico que um dia acordou completamente surdo e que, após várias tentativas de cura sem êxito, se sujeitou a esta terapia. O resultado foi um êxito... Noutra situação, um paciente deu entrada com um pé cortado ao meio e, depois de mais de seis meses sem obter uma cicatrização, conseguiu fazê-lo ao fim de algumas sessões na câmara hiperbárica.
Quando caiu na Amadora, a 22 de Abril, no jogo da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal com o Estrela, após uma entrada duríssima de um adversário, temeu-se o pior para o Hulk. O super-herói do F. C. Porto soube, 24 horas depois, que tinha sofrido uma rotura parcial dos ligamentos do tornozelo esquerdo e o diagnóstico foi uma paragem mínima de um mês, que o afastaria dos relvados até ao fim da temporada, mas o departamento médico dos dragões tinha uma arma secreta para utilizar...
Nos dias que se seguiram à lesão, o avançado brasileiro deslocou-se ao Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, onde foi sumetido a sessões de oxigenioterapia numa câmara hiperbárica, e os resultados foram sensacionais. Os termos podem ser difíceis de pronunciar, mas não são estranhos aos futebolistas, muito menos aos do F. C. Porto. Trata-se de um método terapêutico pouco divulgado em Portugal (para além do Pedro Hispano, apenas o Hospital da Marinha, em Lisboa, possui uma câmara deste género), em que o oxigénio chega, através da corrente sanguínea, aos pontos do corpo que precisam de regeneração.
O oxigénio puro, respirado num meio ambiente com uma pressão superior à atmosférica, permite acelerar a cura de infecções, queimaduras graves e lesões ósseas ou traumáticas, como foi o caso de Hulk.
O JN sabe que o avançado foi submetido a sessões dentro da câmara hiperbárica, ao longo das quais respirou através de uma máscara facial. O facto é que, duas semanas depois de se ter lesionado, Hulk foi convocado para o jogo com o Nacional, que selou a conquista do tetra, no qual ficou no banco e só não foi utilizado porque as lesões sofridas por Fucile e Raul Meireles obrigaram Jesualdo Ferreira a fazer substituições que não estavam no programa. No sábado passado, o dianteiro consumou o regresso aos relvados na Trofa, tendo entrado na segunda parte e mostrado que está totalmente recuperado da lesão no tornozelo, tal a velocidade e forma como participou nas jogadas ofensivas dos dragões.
No fundo, tratou-se de mais um caso de sucesso do departamento médico do clube azul e branco, que, pela voz de Nélson Puga, revelou anteontem ser o F. C. Porto o clube europeu com maior percentagem de jogadores do plantel aptos a jogar durante uma época (cerca de 95%).
O sucesso da medicina hiperbárica aplicada ao futebol depende de vários factores, entre os quais a idade dos atletas, mas parece encontrada mais uma fórmula inovadora. No Brasil, foram noticiadas várias recuperações de atletas com lesões musculares, que regressaram à competição dez dias antes do prazo previsto, e em Espanha também consta que Raúl, estrela do Real Madrid, se submete com frequência a sessões numa câmara hiperbárica para superar problemas físicos sofridos ao longo da carreira.
Contactado pelo JN, António Gaspar, fisioterapeuta que durante vários anos esteve ao serviço da selecção portuguesa, afirmou que "a medicina hiperbárica é mais um meio de recuperação" para os jogadores, mas é de difícil acesso para outros doentes, porque se torna "bastante dispendiosa". "Por esse motivo, não acredito que os clubes possam vir a investir em câmaras hiperbáricas para uso próprio. Penso que continuarão a suceder estes casos, em que os clubes utilizam os meios postos à disposição, em Lisboa ou no Porto", referiu.
No Hospital Pedro Hispano, ficou bem conhecido o caso de um músico que um dia acordou completamente surdo e que, após várias tentativas de cura sem êxito, se sujeitou a esta terapia. O resultado foi um êxito... Noutra situação, um paciente deu entrada com um pé cortado ao meio e, depois de mais de seis meses sem obter uma cicatrização, conseguiu fazê-lo ao fim de algumas sessões na câmara hiperbárica.
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