Ao contrário dos seus mais directos rivais, o FC Porto respira paz e visão. O Benfica está (como habitualmente) em pleno processo de demolição. O Sporting entrou num processo de recomposição cujo fim não de adivinha pacífico. Ao arrepio da agitação dos adversários, no FC Porto os Messias podem esperar. O grande desígnio para a próxima época será o de renovar a ambição e fazer crescer uma equipa de referência, mesmo sabendo que, à luz das mais recentes conquistas, será quase impossível fazer melhor. No contexto internacional, com o prestígio desportivo do futebol português esticado aos limites pela competência do FC Porto e tristemente encostado às cordas por Benfica e Sporting, dificilmente se poderá ambicionar mais do que o chavão de "ir o mais longe possível". Internamente, sente-se que muitas forças estarão mobilizadas para colocarem o FC Porto longe do Penta. E é também por isso que havendo excepções, há coisas que nunca mudam: o azedume dos que lutam contra o FC Porto e a ambição que molda as vitórias azuis e brancas. O preço a pagar. Num clube com altos padrões de exigência e de qualidade, esse será o preço da Excepção. A de sempre.
Miguel Guedes, in O JOGO
Miguel Guedes, in O JOGO
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