Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Para memória futura e vergonha presente (*)

Lamentável e progressivamente, o caso da comunicação subterrânea entre elementos do Benfica e certos (pretensos) árbitros, através de e-mails, chegou, agora, a um nome importante da área da arbitragem, o inefável Bruno Paixão (BP).
 
Ao ler mais esta denúncia do FCPorto, veio-me, de imediato, à lembrança, o jogo mais vergonhoso e mais arbitrário a que assisti, protagonizado, precisamente, pelo dito BP.
Para memória futura, teremos de recuar até ao ano 2000 e ao mês de Fevereiro, embora pareça que foi ontem…

O FC Porto, então, deslocou-se a Campo Maior, a casa do extinto Campomaiorense. O treinador portista era Fernando Santos, o nosso selecionador.
 
O FC Porto precisava de ganhar, mas somaria o seu segundo desaire do campeonato,ao perder por 1-0 e, em consequência, perderia a liderança da prova.
 
Bem, a arbitragem de BP (então uma jovem promessa – diziam… – com 25 anos… ) foi daquelas que jamais se esquecerá e que só ficará ao nível do tristemente célebre Benfica- CUF, dos anos 50 tendo como ‘artista’ principal, o famigerado Inocêncio Calabote que seria, posteriormente, irradiado.
 
Falar desse encontro é falar de uma das maiores iniquidades no mundo da arbitragem.
O avançado Jardel foi, do primeiro ao último minuto, agarrado, agredido, torpedeado sem que alguma falta fosse assinalada!
 
Teria direito a três penalties e…nem um. Marcaria um golo limpo que seria anulado. Acabaria o jogo com a camisola rasgada. No final, desabafaria: ” Desde que estou em Portugal nunca vi o FC Porto ser tão prejudicado por uma arbitragem !!!”.
 
Hoje, volvidas quase duas décadas, o nome de BP volta a ser motivo de vergonha. Porque, não se doure a pílula ou se tente branquear o sujo, porém este tipo de atitudes escandalosas, nunca seriam protagonizadas por um árbitro digno e sério.
 
Neste tipo de situações de correspondências cúmplices com clubes, os juízes honestos, sem objetivos clandestinos – que serão a maioria – ficam de fora.
 
Todavia, ante tanta promiscuidade, os órgãos policiais e de justiça, continuam a assobiar para o lado como nada se passasse.
 
Nem um comunicado, nem uma posição oficial, nem um esclarecimento.
 
Do Benfica, não se pode esperar nada, o que é natural, pois ninguém gosta de chutar contra a própria baliza.
 
Agora, das entidades públicas este silêncio é aterrador. E, das duas, uma: ou o futebol é considerada coisa menor e irrelevante e, por isso, não merece uma linha de esclarecimento, ou, então, estranhas cumplicidades existem que toldam e boicotam toda a transparência que a opinião pública exige.
 
De qualquer modo, convirá relembrar que o maior Inimigo da especulação, da mentira ou do boato é sempre o esclarecimento.
 
Por isso, para o sossego mental e emocional de todos os adeptos, torna-se urgente clarificar, oficialmente, uma situação que ameaça tornar-se crescentemente, mais nebulosa…

(*)  Manuel Luis Mendes, no Porto24

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