Entre Setembro e Outubro o Parque Natural de Montesinho enche-se de magia: os veados caminham entre nós como deuses – é a época da brama do acasalamento. Pretexto para uma escapadinha da Rota da Terra Fria Transmontana.
Chegamos no segundo fim-de-semana de Setembro apenas pelos veados: está a começar a brama, o período de cio que por estas serras dura o mês de Setembro e entra por Outubro é, dizem, um espectáculo mágico, aquele em que os veados atravessam o véu de invisibilidade pelo qual são conhecidos – ouvimos chamar-lhes “fantasmas”, pela ligeireza e rapidez com que se movem, raramente se deixando ver – para acasalar.
Passa a correr uma fêmea e todos ficamos quietos, contemplando a passada elegante e ágil. Passa a uns bons metros de nós, mas a respiração como que se sustém, involuntariamente: não queremos correr o risco de perturbar a sua evolução no cimo deste monte gasto, de afloramentos quartzíticos que refulgem na luz matinal como manchas aquosas. Desaparece no seu limite e os binóculos são sacados para vasculhar a paisagem. Vemo-la minutos depois, na encosta do monte seguinte, com companhia. Outra fêmea e, a persegui-las, um macho. Não dura muito a visão, desaparecem na curva do monte. A tempos, ouviremos sons guturais que nos chegam de várias direcções: é o veado a bramar.
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