Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Um Objecto e seus Discursos redescobre a misteriosa poeta Leonor de Almeida

Diferentes datas apontadas para o seu nascimento, diferentes profissões indicadas pela própria e a ida para o estrangeiro contribuíram para a aura misteriosa criada em torno de Leonor de Almeida, o centro das atenções da próxima sessão de Um Objeto e seus Discursos por Semana. 

No próximo sábado, o ciclo municipal vai até à sede da AJHLP - Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, onde existe uma das poucas referências documentadas da poeta, que se fez associada e, por isso, tem ali a respetiva ficha de inscrição com fotografia.

Ainda assim, Leonor da Conceição Pinto de Almeida (1909-1983) é nome pouco conhecido até para quem domina as lides literárias da cidade do Porto. O que não é de admirar, pois esta poeta nascida na freguesia de Santo Ildefonso, às 2 horas da manhã de 25 de Abril de 1909, não surge nas antologias líricas do século XX e pouco se sabe da sua vida e obra. Ou pouco se sabia até Cláudia Clemente ter decidido investigar a fundo na sua biografia e produção escrita.

Admitida como sócia na AJHLP a 27 de Março de 1950, Leonor declara como profissão publicista e redatora em jornais e revistas. Dá uma data de nascimento diferente; trabalha na realidade como "enfermeira visitadora de higiene". Duas vezes divorciada, no final dos anos 1950 já se afirmava "escritora" e não escapou à atenção da PIDE (por se abeirar de "indivíduos desafectos ao regime", como o seu segundo marido).
Quando se torna uma das primeiras sócias da Associação Portuguesa de Escritores, Leonor declara-se nascida em 1919 (10 anos mais nova!) e de profissão fisioterapeuta.

Todos esses mistérios e controvérsias serão deslindados numa viagem pela personalidade e pela lírica de Leonor de Almeida, como habitualmente às 18 horas de sábado, com a ajuda da arquiteta, autora, cineasta e artista Cláudia Clemente e do autor e programador João Gesta (organizador habitual dos ciclos Quintas de Leitura e Café Literário), tendo como anfitriã Manuela Espírito Santo, autora, crítica teatral e diretora da AJHLP. 

Participação mediante aquisição de bilhete (2,00 €) online ou nos locais habituais.
Mais informações em www.umobjetoeseusdiscursos.com

AJHLP
Rua de Rodrigues Sampaio, 150 (gaveto com a Rua do Bonjardim, a escassos metros do Rivoli e dos Bombeiros Voluntários do Porto).

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