Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

PIB do Porto e Região Norte cresceu 2 vezes mais rápido do que o resto do país

O PIB do Porto e da Região Norte cresceu a uma taxa média anual de mais de 4% entre 2014 e 2017, assinalou esta manhã Rui Moreira. Já o investimento direto estrangeiro (IDE) na Região alcançou um crescimento anual na ordem dos 11,4%, no período de 2013 a 2018, contribuindo para a criação de emprego, indica o estudo encomendado pelo Município do Porto à EY.

As conclusões do estudo sobre a Atractividade do Porto e da Região Norte no domínio do Investimento Directo Estrangeiro (IDE), denominado "Porto and Northern Portugal: A Magnet for Investment - Portugal Regional Attractiveness Survey 2019" foram apresentados numa sessão pública que decorreu no átrio dos Paços do Concelho, na manhã desta terça-feira.

Na abertura da iniciativa, o presidente da Câmara do Porto destacou que o relatório "corrobora e reforça a ascensão da economia do Porto e do Norte", sublinhando ainda que os resultados do desafio lançado pelo Município, através da InvestPorto, à EY "espelham a dinâmica e o dinamismo" da cidade no contexto nacional e internacional. São disso exemplo, a distinção recente dos FDi Strategy Awards 2018, do grupo Financial Times.

Admitindo que a localização da cidade é estratégica e, também por isso, "interessante", Rui Moreira aponta que a cidade e a região estão a afirmar-se "como o principal motor do sector exportador português", fruto de "um tecido empresarial altamente qualificado, inovador e com forte vocação internacional".



Só em 2017, nasceram na Área Metropolitana do Porto (AMP) 30.188 novas empresas (cerca de 27 mil na área dos serviços e cerca de 2 mil no setor industrial). Números que significam um crescimento de 13% comparativamente a 2014, sobretudo nos setores da indústria, das TIC (tecnologias da informação e comunicação) e serviços.

Com o investimento directo estrangeiro a registar valores nunca antes alcançados, "foi possível à Região não só recuperar face aos anos da crise, como posicionar-se acima da média portuguesa e europeia", observou o presidente da Câmara do Porto.

No ano passado, o Porto e Norte geraram 39% das exportações portuguesas, "com uma taxa de cobertura das importações de 131%".

A evolução da economia do Porto e da Região Norte, que se traduz num crescimento do PIB duas vezes mais rápido quando comparados com a média nacional, contribuiu ainda "para a confiança crescente dos investidores estrangeiros", considerou Rui Moreira.

2.754 novos postos de trabalho criados

Em 2018, o investimento directo estrangeiro (IDE) criou 2.754 novos postos de trabalho no Porto e Norte de Portugal, representativos de 45% do total registado no país. França (46%) e Alemanha (13%) representam as principais origens geográficas dos investidores. Quanto aos setores-chave que apresentam um maior número de projetos são a Indústria (nomeadamente a fabricação de material de transporte), o Digital, o Agroalimentar e os Serviços às Empresas.

Entre outros aspetos relevantes, o estudo salienta a evolução da economia na Região, que se posiciona hoje nos primeiros lugares das intenções de IDE do País. Este resultado reflecte as suas condições de atractividade, com destaque particular para as competências e infraestruturas, mas também devido a fatores como a qualidade de vida (91%), a estabilidade do clima social (79%), a infraestrutura de telecomunicações (77%), os custos de mão-de-obra (75%) e o potencial para o aumento de produtividade (72%).

Resultados a que não são alheios o "papel de liderança" que a cidade do Porto tem assumido na atração de investimento internacional, "promovendo os seus activos e utilizando argumentos para ultrapassar desafios", mencionou o presidente da Câmara que sublinhou que hoje o Porto "tem uma estratégia, um posicionamento e uma proposta de valor".

De resto, uma estratégia multissetorial, que se revê na "diversidade de investimento" registado. Desde cidade europeia "mais amiga das startups" a um Porto que acolhe gigantes da indústria automóvel (BMW), do setor eólico (Vestas) ou da banca (Natixis e Euronext), entre muitas outras.

Para Florbela Lima, da EY, a perceção tanto dos investidores já instalados como daqueles que ponderam vir a apostar no Porto e na Região Norte é essencialmente convergente e "muito positiva". Por outro lado, os dois grupos não referem a carga fiscal como entrave aos seus investimentos, destacando que o que procuram, sobretudo, é "estabilidade fiscal".

Entre as cerca de 300 empresas inquiridas, verifica-se a tendência crescente do Porto e da Região Norte cativarem investimentos "de valor acrescentado". A grande capacidade de atrair talento, nacional e internacional, aliada à resiliência das indústrias tradicionais, como "o setor têxtil que tem apostado na inovação contínua", contribuem para uma perceção de "confiança" junto dos investidores.

InvestPorto já apoiou mais de 320 projectos

Desde 2015, a InvestPorto, gabinete de atração de investimento da Câmara do Porto, já permitiu captar e apoiar mais de 320 projetos de investimento, 60% dos quais provenientes de mais de 30 países diferentes. Números que refletem o crescente reconhecimento internacional da cidade e da Região pelo seu ecossistema empreendedor, pelo contexto tecnológico e, sobretudo, pelo talento dos seus recursos, e espelham uma realidade: o Norte é a região do país atrativa para os investidores.

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