Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Distribuição da riqueza e leque salarial

Fala-se muito em penúria financeira, mas muito pouco sobre a forma como a "pouca" riqueza é distribuída. Casa onde não há pão, todos ralham e todos ... com razão.

Aquilo que o ministro das Finanças disse no programa P&C foi distorcido com fins políticos. Teixeira dos Santos disse que a Segurança Social entraria em rotura financeira daqui por 10 anos, caso se mantivesse a política de receitas e atribuição de reformas que vem sendo seguida até hoje.

Alguns sectores acusaram-no de alarmista e de não ter apresentado soluções para o problema. Outros, mais à esquerda, pela voz dos representantes sindicais, acusam-no de incompetente e de falsear os dados. As centrais sindicais afirmam que há dinheiro suficiente para continuar neste caminho e que nem seria preciso tocar nas idades de reforma, nem nas fórmulas de cálculo.
Medina Carreira estará mais próximo da realidade -- se não forem recalculadas as reformas já atribuídas, recebendo cada um “” o correspondente aos descontos feitos, - a prazo - não haverá “engenharia” que salve a S.Social. A aplicação deste conceito é da mais elementar justiça e acabaria com casos obscenos como o de Mira Amaral.

Havendo pouca riqueza para distribuir, compreende-se mal que Portugal tenha o maior leque salarial da EU. Se no sector privado só a moral e a ética podem fazer com que um patrão não se contemple com um astronómico vencimento, já no sector estatal não se compreende que milhares de funcionários públicos ganhem mais que o Presidente da República, sem que a isso corresponda uma alta produtividade e um relevante serviço prestado. Muitos desses titulares de cargos públicos não tiveram problemas em auto beneficiarem-se com chorudos vencimentos, com contratos onde incluíam uma conveniente indemnização, e com reformas principescas sem qualquer cálculo ligado ao tempo ou aos vencimentos auferidos.

Vitinho e a sua equipe, protagonizam talvez o mais gritante caso para exemplo. Se as suas atribuições passam por um low-profile sem criar embaraços ao governo nem às instituições, aparecendo episodicamente para fazer um frete socialista, então "devem" ter as mãos bem ensaboadas. Mas se as suas atribuições vão muito para além disso, com a responsabilidade de manter um controlo cerrado sobre a evolução dos indicadores económicos e financeiros do país, então mais valia poupar milhões de euros e dispensá-los. O governo funciona sem indicadores actualizados de gestão numa navegação à vista e ao sabor de palpites. Custa a acreditar que não saibam sequer o número exacto de funcionários públicos nem os gastos anuais com a Saúde!

VENCIMENTOS DE VÍTOR CONSTÂNCIO E BANCO DE PORTUGAL

Vítor Constâncio o governador do Banco de Portugal ganha MAIS que Alan Greenspan o presidente da Reserva Federal dos EUA. O Vitinho ganha 272.628 € por ano, ou seja quase 3894 contos MENSAIS, 14 meses/ano.

Mas este exagero não fica pelo Vitinho. Os outros membros do Conselho de administração do BP também têm ordenados chorudos:

O Vice-governador, António Pereira Marta - 244.174 €/ano
O Vice-governador, José Martins de Matos - 237.198 €/ano
José Silveira Godinho - 273.700 €/ano
Vítor Rodrigues Pessoa – 276.983 €/ano
O coitado do Manuel Ramos Sebastião apenas … 227.233 €/ano

O Vice-governador, António Pereira Marta até acumula com o seu salário com a sua pensão como reformado … do Banco de Portugal. Mas o valor dessa pensão é desconhecido…..
Aliás, o Vítor Rodrigues Pessoa, também tem uma reforma adicional de 39.101 €/ano - Total 316.084 €/ano, e o José Silveira Godinho também acumula com uma pensão do BP, mais 139.550 €/ano - Total 413.250 €/ano. Quem lhes atribuiu tais vencimentos e com que critérios?

Ao todo são 1 531 916 €/ano para estes 6 senhores.
Da próxima vez que o Constância vier pregar a contenção salarial e a "reforma estrutural da negociação salarial" , que comece consigo e seus companheiros no Conselho de Administração do Banco de Portugal.

0 comentários: