Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

A Fundação de Mário Soares

Soares explicou que em 1985, quando deixou o governo, o país apresentava “superavit nas contas públicas e foi isso que permitiu os dez anos de expansão de Cavaco Silva”. A terminar reagiu à polémica dos 20 mil euros que o Ministério da defesa concedeu à sua Fundação. “Isso não é um privilégio. A Fundação é uma instituição de interesse público fundada com dinheiros privados e tem o arquivo mais completo e importante que existe sobre a história contemporânea portuguesa e de todo o espaço da lusofonia”, sublinhou Soares.

Através de uma pesquisa no Diário da República, o jornal Correio da Manhã descobriu que a Fundação Mário Soares recebeu do Estado, entre Fevereiro de 2002 e Julho de 2005, a importância de 867 055,94 Euros.

Mas, quanto à essência da questão, toda a gente acha isto natural? Por que raio tenho eu, através dos meus impostos, que subsidiar uma instituição criada pelo Dr. Mário Soares, a que deu o seu próprio nome e onde reuniu os seus livros e papéis pessoais? Por que razão não sustenta ele a Fundação com o seu próprio dinheiro?E não é tudo. À quantia revelada pelo Correio da Manhã, há que juntar doações anteriores. Pelo menos, que me recorde, um donativo de 500 mil contos oferecido por Guterres (salvo seja, oferecido pelos contribuintes) e um prédio no valor de centenas de milhares de contos oferecido pela Câmara de Lisboa. Presidida por quem ? Ora, pelo filho, João Soares.Isto é um autêntico regabofe, próprio de um país terceiro mundista. Por que razão Mário Soares não entregou os seus documentos pessoais, se algum valor histórico possuiam, no sítio certo, talvez a Torre do Tombo? A criação desta Fundação foi a saída que Mário Soares encontrou para continuar eternamente a encher os bolsos de forma encapotada, à custa dos portugueses. Ainda há dias o Ministro da Defesa lhe entregou mais uns milharzitos de euros ! O responsável da Fundação disse que não sabia a que destinava esse dinheiro !...
Mais palavras para quê ?!...

Terrenos e imóveis para a Fundação de Mário Soares. Negócio em família !

De vez em quando, entre a papelada que temos nos arquivos pessoais, encontramos umas preciosidades. Aconteceu hoje com a cópia de um artigo de José António Cerejo, saído no Público de 9 de Outubro de 2002, intitulado "Apoios à Fundação Soares considerados irregulares pela IGAT". Ora nem mais. O articulista revelava que o edifício-sede da Fundação Mário Soares, segundo um relatório da IGAT, violava o PDM de Lisboa e que a licença de obras era nula. Que admiração! Mas aconteceu alguma coisa? Claro que não. Mário Soares paira por cima dessas minudências. Quanto à origem da ideia respeitante ao edifício, a história não podia ser mais elucidativa :
A história da cedência dos terrenos e imóveis municipais em que a Fundação Mário Soares fez a sua sede foi contada aos microfones da RDP, em Janeiro deste ano [2002], pelo próprio Mário Soares."Eu tinha pedido à Câmara de Lisboa, ainda no tempo do dr. Jorge Sampaio, que me arranjasse um pequeno espaço, ou até um terreno, para eu construir. A ideia era construir de origem este edifício. Depois, dentro da Câmara, o meu próprio filho, João Soares, que era vereador do dr. Sampaio - era encarregado do pelouro da Cultura -, disse-me: ?Eu acho que há um prédio ...?. Quando me indicaram este prédio eu vim cá ver e achei logo que era o sítio ideal (...)".A versão do ex-presidente, transcrita na altura pelo "Independente", confirma factos que João Soares sempre negou. Não só foi ele quem escolheu o edifício camarário para a fundação do pai, como foi ele que requisitou o processo das velhas construções lá existentes ao arquivo histórico do município, em 1993. Não devolveu a documentação, tendo alegado que ela ardera no incêndio dos Paços do Concelho, três anos mais tarde. Ontem, à Lusa, o ex-autarca voltou a afirmar : "Nunca participei em nenhuma deliberação sobre atribuições à fundação. Nao sei de nada, ninguém me deu qualquer conhecimento sobre isso. Não me lembro de nada disso".Esta família está convencida de que pode fazer o que lhe apetece com o património público. Sente-se uma espécie de família real, com um direito sagrado de viver à nossa custa.Disse Sócrates, hoje, nos Açores, que "Mário Soares esteve sempre do lado certo da História".Claro. Os portugueses é que estão do lado errado ...

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