por Tiago Mesquita no Expresso
«Demorou mas chegou e a estalada foi grande. Hulk esperou um ano e respondeu às perguntas dos jornalistas que estes não têm coragem de ir fazer ao presidente do Benfica. Embrulhe Sr. Vieira.
É certo que a vingança se serve fria e que Hulk até tem nome de super-herói da BD, mas a luva branca a bater cinco vezes na face de Luís Filipe Vieira foi sentida em todo o lado. E desde que o clube da luz saiu de rabo entre pernas do estádio do Dragão que ninguém houve um pio do presidente do Benfica. O tal que adora cantar de galo sempre que lhe dão oportunidade, ou as que o próprio cria com entradas intempestivas em programas de televisão em directo.
Houvesse coragem no jornalismo desportivo, que não existe salvo raras e honrosas excepções, pois escreve tendenciosamente para o mesmo lado e com a mesma cor de tinta na pena, e a pergunta a fazer a Luís Filipe Vieira no final do jogo em que este viu a sua equipa ser esmagada por 5-0 seria a óbvia: já consegue identificar ou reconhecer Hulk se o vir na rua, na paragem do autocarro, ou até a jogar futebol? E já agora saber se a opinião que tem sobre este jogador, e que partilhou com o mundo no passado ano (com aquele ar de intelectual das câmaras-de-ar) se mantém?
Mas não. Os jornalistas preferem andar a bajular o senhor por terras de Angola, como se de uma visita papal se tratasse, a confrontá-lo com as suas próprias afirmações. É o jornalismo desportivo que temos, e são seis milhões dizem eles, há que fazer pela vida. Compreendo.
Hulk é o jogador que Vieira considerou "vulgar e que apenas se distinguia no campeonato português por ser o jogador que mais bolas perdia dentro de campo". Disse ainda na altura, com a bazófia habitual, "não entender tanta polémica em relação ao castigo (a Hulk), pois considerava não ser este um jogador fundamental para a equipa do Porto".
Pois é, Hulk foi castigado na época passada da forma que sabemos. Castigo que cumpriu na íntegra e afastou o FC Porto definitivamente do título. Castigo que mais tarde se veio a revelar mal aplicado por instâncias superiores às que haviam tomado a patética decisão em qualquer parte do mundo onde se pratique futebol. Desde que Hulk voltou aos relvados, ainda decorria a época transacta, o FC Porto não mais voltou a perder. Nem um jogo sequer.
E agora finalmente a chapada de Hulk, com a mão bem aberta, e com os cinco dedos à mostra, após o jogo de domingo passado: "Se ele (L. F. Vieira) não me conhecia, vai abrir o jornal e eu estarei lá. Só eu sei o que passei e sofri por ficar três meses sem jogar. É muita coisa para um jogador. Se na temporada passada tivesse jogado teria ajudado mais... Foi uma injustiça, mas é passado" Hulk
Nada a acrescentar. Não ouvi qualquer declaração do presidente do Benfica em relação ao jogo ou a Hulk em particular. Deve ter engolido uma bola de pelo. Batam-lhe nas costas, não vá o homem ficar verde. E não o queremos sufocado, só mesmo pela pressão de ver o FC Porto voltar ao lugar de onde nunca devia ter saído, sem nada poder fazer. Na frente. Até ao fim.»
«Demorou mas chegou e a estalada foi grande. Hulk esperou um ano e respondeu às perguntas dos jornalistas que estes não têm coragem de ir fazer ao presidente do Benfica. Embrulhe Sr. Vieira.
É certo que a vingança se serve fria e que Hulk até tem nome de super-herói da BD, mas a luva branca a bater cinco vezes na face de Luís Filipe Vieira foi sentida em todo o lado. E desde que o clube da luz saiu de rabo entre pernas do estádio do Dragão que ninguém houve um pio do presidente do Benfica. O tal que adora cantar de galo sempre que lhe dão oportunidade, ou as que o próprio cria com entradas intempestivas em programas de televisão em directo.
Houvesse coragem no jornalismo desportivo, que não existe salvo raras e honrosas excepções, pois escreve tendenciosamente para o mesmo lado e com a mesma cor de tinta na pena, e a pergunta a fazer a Luís Filipe Vieira no final do jogo em que este viu a sua equipa ser esmagada por 5-0 seria a óbvia: já consegue identificar ou reconhecer Hulk se o vir na rua, na paragem do autocarro, ou até a jogar futebol? E já agora saber se a opinião que tem sobre este jogador, e que partilhou com o mundo no passado ano (com aquele ar de intelectual das câmaras-de-ar) se mantém?
Mas não. Os jornalistas preferem andar a bajular o senhor por terras de Angola, como se de uma visita papal se tratasse, a confrontá-lo com as suas próprias afirmações. É o jornalismo desportivo que temos, e são seis milhões dizem eles, há que fazer pela vida. Compreendo.
Hulk é o jogador que Vieira considerou "vulgar e que apenas se distinguia no campeonato português por ser o jogador que mais bolas perdia dentro de campo". Disse ainda na altura, com a bazófia habitual, "não entender tanta polémica em relação ao castigo (a Hulk), pois considerava não ser este um jogador fundamental para a equipa do Porto".
Pois é, Hulk foi castigado na época passada da forma que sabemos. Castigo que cumpriu na íntegra e afastou o FC Porto definitivamente do título. Castigo que mais tarde se veio a revelar mal aplicado por instâncias superiores às que haviam tomado a patética decisão em qualquer parte do mundo onde se pratique futebol. Desde que Hulk voltou aos relvados, ainda decorria a época transacta, o FC Porto não mais voltou a perder. Nem um jogo sequer.
E agora finalmente a chapada de Hulk, com a mão bem aberta, e com os cinco dedos à mostra, após o jogo de domingo passado: "Se ele (L. F. Vieira) não me conhecia, vai abrir o jornal e eu estarei lá. Só eu sei o que passei e sofri por ficar três meses sem jogar. É muita coisa para um jogador. Se na temporada passada tivesse jogado teria ajudado mais... Foi uma injustiça, mas é passado" Hulk
Nada a acrescentar. Não ouvi qualquer declaração do presidente do Benfica em relação ao jogo ou a Hulk em particular. Deve ter engolido uma bola de pelo. Batam-lhe nas costas, não vá o homem ficar verde. E não o queremos sufocado, só mesmo pela pressão de ver o FC Porto voltar ao lugar de onde nunca devia ter saído, sem nada poder fazer. Na frente. Até ao fim.»
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