Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Da praxe

Governo criou email para denunciar praxes abusivas

Além da distribuição de folhetos sobre praxes académicas, os estudantes universitários têm agora um endereço electrónico para onde podem denunciar abusos no âmbito de praxes assim como receber apoio do ministério da educação. [daqui]

Eis uma boa medida do Governo:  é tempo de colocar um ponto final em recorrentes manifestações de estupidez.

Mário de Carvalho (daqui):

O PRAXISMO-JAVARDISMO 
"Antes da REACÇÃO contra a revolução do 25 de Abril de 1974, não havia praxe em Lisboa. O espírito crítico de um escol cultural, prevalente na Universidade, tinha padrões exigentes. Ensino superior não queria dizer ensino inferior. Era uma elevação sobre a miserável circunstância dominante. A praxe era considerada – e bem -- COISA DE LABREGOS. 
Em Coimbra, nos anos sessenta, após as críticas corajosas de Flávio Vara (“ O Espantalho da praxe…” 1958) e a chegada de uma geração mais desempoeirada, a praxe quase desapareceu. Reinstalaram-na depois com todo o seu fétido programa passadista. 
A praxe é o abraço alcoolizado entre o ricaço marialvão, abrutalhado e analfabeto e o povoléu boçal e trauliteiro, folclorizando o servilismo medieval em vestes eclesiásticas. Ao fim e ao cabo, o velho Portugal alarve, mendigo, medievalóide e agachadinho, mas de telemóvel em riste. 
Não se ponderem gradações entre um medievalismo civilizado e um medievalismo excessivo. Toda a praxe é desprezível. No estado a que as coisas, desgraçadamente, chegaram, proibir seria contraproducente. Mas há muitas formas de desencorajar. E os professores – que têm sido, aliás, de uma distracção cúmplice (mea culpa) – sabem isso bem. 
Oxalá os estudantes se dêem conta de como foram inferiorizados e transformados em «jovens velhinhos» por uma súcia rasca. 
Tanto mais que a situação assume contornos sinistros e mafiosos. Ao que parece, com “omertà” e tudo. Um atavismo lusitano vem fazer de hífen entre a tradição siciliana e o nórdico Nacional-Socialismo. Pior que mera COISA DE LABREGOS."

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