Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Quanto nos custou já António Costa



Custou muito. E vai custar mais. Quem o diz é a Comissão Europeia, que dita todas as regras deste sinistro jogo. 
Segundo Bruxelas, o crescimento da economia portuguesa que António Costa prevê no seu projecto orçamental não se vai concretizar. Isto traduzido em qualquer dos idiomas comunitários quer dizer que Portugal continuará a endividar-se sem qualquer vislumbre de alívio para o contribuinte português que, em média, vê metade daquilo que aufere ser-lhe confiscado por um Estado insaciável. 
António Costa e o seu estranho mecanismo de entendimentos no Parlamento foi-nos directamente ao bolso, várias vezes, neste seu curto consulado.
Para agradar aos seus relutantes parceiros vermelhos, saltou de megafone apontado à finança internacional comprometendo-se urbi et orbi a reconquistar a TAP, fazendo-a regressar «a bem ou a mal», ao controlo dos plenários da CGTP. Os donos da TAP ficaram calados, à espera de ver onde ia parar este ímpeto maximalista. Não foi longe. Na verdade, não foi a lado nenhum. Não aconteceu nada porque nada podia acontecer. Porque a venda da TAP foi celebrada pelo Estado Português num negócio validado por vários regimes jurídicos, com cláusulas à prova dos arrebatamentos das vanguardas do operariado. 
Os negócios do Estado Português não são, nem podem ser, fruto de repentismos ideológicos. A nossa credibilidade, a nossa notação financeira, o nosso rating depende disso. Depende, afinal, da nossa honestidade colectiva. 
 Não tendo acontecido nada na TAP (nem se antecipa que possa vir a acontecer, por absoluta falta de espaço jurídico), este «a bem ou a mal» do primeiro-ministro pontuado com um «se não for com acordo é sem acordo», mereceu sem dúvida várias entradas nos relatórios das três agências de notação financeira, cujo parecer determina os juros que Portugal paga.
Indicadores que se juntaram aos relatos da histórica decisão do Banco de Portugal de meter as dívidas que o BES tinha para com os maiores fundos de investimento do mundo num qualquer Banco Péssimo, inventado para formalizar calotes nacionais e internacionais. 
É muito revisionismo para um Governo menchevique com poucas semanas. 
António Costa está a mostrar ao país e ao mundo a sua trágica dependência dos bolcheviques. 
Não contente com meros desafios à City londrina e a Wall Street, atirou-se às 35 horas semanais para os funcionários públicos como se fosse um ato financeiramente neutro. Não é. Custa muito dinheiro público de gente privada. 
Bruxelas também tomou nota registando que, com tanto disparate, as dívidas portuguesas iam derrapar uns milhares de milhões para além do que previa o projecto orçamental de Mário Centeno. O ministro das Finanças nega. Tem a fé dos videntes de que, por cada euro que mete na economia desta terra abençoada, saem miraculosamente quatro euros. Em Bruxelas sorriem piedosamente e perguntam: "Como?".
O primeiro-ministro diz que tudo isto são meras «questões técnicas». E é verdade. Como é verdade que o resgate da troika no Governo de Sócrates foi, essencialmente, uma questão técnica. Como o foram as sujidades financeiras do BES e do Banif, que ficaram depois da saída limpa de Passos e Portas.
 Tudo isto para dizer que, espicaçado pelas hostes bolcheviques - tal como Alexander Kerensky, o chefe do Governo russo na Revolução de Outubro -, também o primeiro-ministro minoritário de Portugal vai cedendo ao populismo ideológico até à capitulação. 
Com isso, abre caminho seguro para o novo resgate da economia portuguesa. Provavelmente, na viagem desta semana à Europa dos dinheiros, também António Costa foi admoestado do mesmo modo que Mário Soares o foi durante o PREC por Henry Kissinger em Washington. 
- Olhe que o senhor ainda se torna num Kerensky - disse Kissinger. 
- Mas eu não quero ser um Kerensky - respondeu um ultrajado Mário Soares. 
- Também Kerensky não queria - rematou Kissinger.

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