(corrupto) “Benfica tentou enganar milhões de leitores do New York Times”, diz J. Marques

Director de comunicação do FC Porto critica as respostas publicadas pelo clube encarnado

Francisco J. Marques reagiu às respostas dadas pelo Benfica ao jornal New York Times (NYT), que publicou, na passada quarta-feira, uma reportagem sobre as eventuais ligações entre o clube encarnado e a Justiça.

Para o diretor de comunicação do FC Porto, este tema merece “uma reflexão profunda”.

“Basicamente, o New York Times diz que o Estado está capturado pelo Benfica. Todos nós já o sabemos, mas agora começa também a ser entendido por quem está fora de Portugal”, começou por explicar Francisco J. Marques em publicação no Twitter.

Ao mesmo tempo, o dirigente portista assume que este artigo “numa sociedade normal faria tocar as campainhas”, deixando uma critica à forma como o Benfica lidou com todo este processo.

Francisco J. Maques considera que o clube encarnado tentou enganar “milhões de leitores” do NYT e que a decisão de tornar públicas as respostas do Benfica “não foi muito útil”.

Diseram que era tudo inveja, como se o NYT pudesse ter inveja do Benfica (ou de qualquer clube), e finalmente publicaram a correspondência trocada com o jornalista. Tornar públicas as respostas não foi muito útil ao Benfica, porque permitiu perceber que, mais uma vez, procurou enganar o interlocutor, tentando dessa forma enganar milhões de leitores do New York Times”, destacou.

Por fim, Francisco J. Marques deixa uma mensagem sobre o caso e indica que é “obrigação” dos cidadãos estarem atentos a estes “comportamentos inaceitáveis”, acrescentando que “nada está acima do país”.

“Vencer este polvo de dimensões bíblicas não é fácil, mas é uma obrigação de cidadania continuar a denunciar estes comportamentos inaceitáveis. O rei vai nu e até quando Portugal vai continuar a fingir que tudo é normal?”, concluiu.

Ana Gomes, ex-eurodeputada e ativista contra a corrupção, comentou com ironia a defesa do Benfica, dizendo que "a mestria ofuscante é frustrada por tudo estar muito à vista".