Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

O aplauso à Câmara do Porto que o PS não consegue fazer


A actuação da Câmara do Porto nesta crise tem sido reconhecida por todos. Merece o aplauso do país e da nossa associação, que se tem abstido de qualquer papel ou intervenção política. O tempo é de união. Mas não é de unanimismo e muito menos de comer e calar. 

Já por duas vezes, a Câmara do Porto esclareceu que, desde Março, disponibilizou verbas às escolas da cidade para adquirirem computadores e internet aos alunos que não consigam acompanhar as aulas à distância. Fê-lo da forma mais ágil e inteligente, através da autorização para que se gastassem as verbas já transferidas para outras actividades, suspensas.
Aquela que é uma medida sensata, rápida e tomada sem qualquer ato de propaganda política por parte do vereador da educação, Fernando Paulo, e do presidente da Câmara, Rui Moreira, tornou-se, nos últimos dias, no alvo de ataques políticos infames do líder da concelhia do PS do Porto. Um pouco conhecido deputado da Nação.
Tudo porque o PS Porto pediu, já depois da medida tomada, que a Câmara gastasse 1,5 milhões de euros (não há erro nos números) em computadores e os entregasse indiscriminadamente às crianças do Porto. Descontamos a incompetência colocada na proposta do PS Porto, já que uma aquisição de tal ordem e dimensão demoraria meses a concretizar, respeitando-se o código dos contratos públicos e esperando a disponibilidade de entrega dos materiais, o que atiraria a eficácia da medida para o fim do ano lectivo. E descontamos a total ausência de sustentação do número, que não corresponde a nenhum valor que possa, ainda que vagamente, ser aferido ou corresponder a uma necessidade concreta ou indagada.
O que não podemos descontar é a falta de vergonha do PS Porto nesta proposta, sobretudo, nos termos em que a faz e na forma como, sobre a matéria, comunica. O referido deputado baseia o seu discurso em falsidades, em demagogia e não é capaz de sair do permanente ataque político à Câmara do Porto, como podemos constatar nas páginas de Facebook do dito deputado e líder do PS Porto, desde que a crise se iniciou.
E dizer que o PS só quer ajudar a Câmara do Porto é só mais uma falsidade da concelhia daquele partido, que clama por união em torno da luta contra a Covid19 em Lisboa, mas atira diariamente pedras a quem está a fazer bem o que tem de ser feito no Porto.
O PS não quer consensos, quer unanimismo em torno do seu poder absoluto. Apela a uma atitude de rebanho, num país assolado por uma pandemia. Mas, no Porto, usa do mais cínico taticismo político para atacar as medidas que Rui Moreira tem vindo a tomar e que a generalidade dos portugueses reconhece e aplaude.
Seria mais útil que esclarecesse onde estão os tablets prometidos por António Costa em Setembro de 2017 que supostamente deveriam ser entregues a todos os alunos do país em Abril de 2020. E que não esqueça a segunda promessa sobre a matéria feita no passado dia 11 de Abril pelo senhor Primeiro-Ministro, que agora atira a “oferta” do Governo para o próximo ano lectivo.
É nossa obrigação lembrar ao senhor deputado da Nação, presidente da concelhia do PS Porto, que esta cidade não é governada segundo o mesmo clima da Coreia do Norte que parece ter atingido as cúpulas partidárias. E que não estamos, por isso, obrigados a concordar consigo.
Não nos aflige que o PS Porto já esteja em pré-campanha eleitoral. Não nos surpreende, sequer, que utilize, de forma populista e demagógica, a crise sanitária, social e económica que vivemos para esse fim.
Ao contrário do país que parece atingido por uma apneia, no Porto não se clama por unanimismo. Clama-se por independência.

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