Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Tunísia: os fundamentalistas islâmicos continuam a matar

Tunisinos exigem uma "segunda revolução" após assassínio de dirigente da oposição


Irmão de Chokri Belaid, dirigente de partido laico e um dos mais acérrimos opositores do Governo, atribuiu o assassínio aos islamistas no poder. Milhares protestam em Tunes e há sedes do Ennahda atacadas em cidades da província.

A revolta foi imediata: assim que a rádio noticiou o assassinato de Chokri Belaid, um dos mais acérrimos opositores do Ennahda, o partido islamista no poder na Tunísia, milhares de pessoas saíram à rua exigindo uma “segunda revolução”. Receando os efeitos do assassinato político, o Presidente Moncef Marzouki, que estava em França, decidiu regressar de urgência a Tunes.

Pouco antes do meio-dia, uma pequena multidão juntava-se já frente ao Ministério do Interior, situado na avenida Habib Bourguiba, o principal eixo da capital tunisina e o grande palco da contestação que, em Janeiro de 2011, forçou o então Presidente Ben Ali a renunciar a fugir para a Arábia Saudita.

À mesma hora, a AFP noticiava ataques contra duas sedes do Ennahda nas cidades de Mezzouna e Gafsa, na região central. Pelo menos um dos edifícios foi incendiado. Há notícias de protestos em Sidi Bouzid, a cidade onde a revolução começou – foi ali que o vendedor ambulante Mohamed Bouazizi se imolou, em protesto contra os abusos das autoridades – e também em Kasserine (Centro), Béja e Bizerte (Norte). Em comum, a revolta contra o Governo, dominado pelos islamistas e alvo de uma contestação crescente, um ano e meio depois de ter chegado ao poder.

Advogado, activista dos direitos humanos e líder dos Patriotas Democráticos, Chokri Belaid era uma das vozes mais audíveis na frente de partidos da oposição ao Governo e, nesta quarta-feira, o seu irmão não teve dúvidas em apontar o dedo: “Estou-me a lixar para o Ennahda e acuso o [líder] Rached Ghannouchi de ter mandado assassinar o meu irmão”, disse à AFP Abdelmajid Belaid.

Segundo a mulher do opositor, que falou à rádio tunisina Mosaique, Belaid acabava de sair de casa quando foi atingido por dois tiros. A estação France 24 adianta que os disparos terão sido efectuados por “três homens a partir de um carro negro” e que Belaid foi declarado morto pouco depois no hospital.

A BBC recorda que ainda no sábado Belaid acusou “mercenários” ao serviço do Ennahda de serem os responsáveis por um ataque a uma reunião do seu partido. Foi mais um episódio da recente vaga de ataques contra dirigentes da oposição e dos sindicatos tunisinos, atribuídos ao partido no poder.

Reagindo ao ataque, Ghannouchi descartou qualquer envolvimento no assassinato de Belaid, afirmando que os autores da acção “querem provocar um banho de sangue” na Tunísia. No mesmo sentido, o primeiro-ministro Hamadi Jebali disse que a morte do político “é um acto de terrorismo, não apenas contra Belaid, mas contra toda a Tunísia”.

O Presidente Moncef Marzouki, surpreendido pela notícia durante uma visita ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, falou num “assassinato odioso” de um dirigente do país, admitindo que a sua morte “é uma ameaça” a todo o país. O antigo opositor do regime de Bem Ali e activista dos direitos humanos cancelou uma deslocação ao Egipto e anunciou que regressará de imediato a Tunes.


Obs: Creio que todos (à excepção dos habituais escatológicos esquerdóides, amigos os terroristas) já percebemos que a designada primavera Árabe foi um ataque concertado dos partidos ligados ao extermismo e fundamentalismo islâmico contra os poderes laicos dos vários países árabes, procurando, e estando a conseguir, dominar o poder político e militar para subjugar o povo ao eixo do mal.
Nestes últimos meses, de Bengazi a Tunes, passando por Tripoli, Damasco e Cairo, assistimos ao assassinato de políticos seculares que denunciam e combatem os extremistas. Não admira que milhares de pessoas saiam às ruas em várias cidades tunisinas mostrando a sua indignação por este crime político.
"Curiosamente", na véspera deste assassinato, um encontro do Partido Republicano foi atacado em Kairouan e no Sábado, Néjib Chebbi foi cercado quando estava a dar uma entrevista na sede da Rádio Oasis em Gabès. Nesse mesmo dia outro líder da aposição, Nida Tounès, foi agredido em Berges du Lac e no Domingo, a sua sede em Kébili foi atacada bem como o congresso da União Nacional das Mulheres da Tunísia (UNFT) em Sousse. E agora assassinaram Chokri Belaïd, um homem de esquerda, laico e corajoso.  Será que a Europa vai demorar, pro um lado a expulsar os fanáticos muçulmanos que conspurcam as nossas ruas e impedir que estes terroristas assumam o poder desta forma?

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