Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

A última vez que as pontes sobre o Rio Caldo estiveram visíveis



Muito antes da barragem da Caniçada alterar o estreito do leito do rio Caldo, este era atravessado por três pontes, uma delas datada do tempo dos romanos. Situadas entre os concelhos de Terras de Bouro e Vieira do Minho, estas três pontes ficaram submersas com a construção da barragem da Caniçada, em 1955, e situam-se exactamente abaixo das duas pontes actuais. Uma das pontes agora submersa foi utilizada até 1955, enquanto a ponte romana, nessa altura, já pouca utilização tinha.
A última vez que foi possível observá-las foi em 1978, avança o blog Monumentos Desaparecidos, quando a albufeira foi esvaziada devido a uma avaria na central eléctrica e o caudal dos rios Cávado e Caldo voltou ao nível normal, revelando não apenas as antigas pontes mas todo um conjunto de construções que foram submersas devido à construção da barragem.
Segundo o site da Câmara Municipal de Terras de Bouro, o grande número de pontes existente naquele concelho deve-se aos inúmeros cursos de água da região. Assim, as duas pontes com maior relevância são as existentes no rio Caldo, obras do Engenheiro Edgar Cardoso e que foram construídas em 1954, tendo em vista a subida do nível das águas do rio Cávado e a criação do espelho de água, consequências da construção da barragem da Caniçada, na freguesia de Valdosende. O professor Edgar Cardoso viria mais tarde a desenhar a Ponte da Arrábida, no Porto (1963).
As duas pontes fazem parte das estradas nacionais 308 – que segue para a vila do Gerês – e 304 – que vem da zona do São Bento da Porta Aberta e segue para sul, rumo à EN 103, entre Braga e Chaves. Destas pontes, destaque para os tabuleiros em laje de betão armado, feitos em pedra tosca proveniente da Póvoa do Lanhoso, Amares e Montariol e que têm uma altura máxima de 58 metros. [daqui]

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