A Direcção Nacional da PSP emitiu esta quarta-feira um comunicado em que procura desmentir alegadas acusações do FC Porto. Importa esclarecer que o FC Porto, através do seu Diretor de Comunicação e Informação, não acusou a PSP de nada, tendo-se limitado a ler a parte inicial de um e-mail enviado a 21 de Dezembro de 2009 por Rui Pereira, Diretor de Segurança do Sport Lisboa e Benfica, para o administrador do Sport Lisboa e Benfica Domingos Soares Oliveira, com conhecimento do assessor jurídico Paulo Gonçalves.
Nesse e-mail os responsáveis do Benfica falam de uma “estratégia montada para retardar a entrada de adeptos do FCP”, “estratégia essa que incluía a participação da PSP”.
Para que não restem dúvidas, reproduzimos integralmente o e-mail em causa.
Nesse e-mail os responsáveis do Benfica falam de uma “estratégia montada para retardar a entrada de adeptos do FCP”, “estratégia essa que incluía a participação da PSP”.
Para que não restem dúvidas, reproduzimos integralmente o e-mail em causa.
Aguardamos agora que a Direção Nacional da PSP esclareça a sua posição sobre o assunto.
Abaixo, o surpreendente comunicado da (isto é simpático) PSP da capital centralista e colonialista. Ou será mesmo da PSP nacional!?
Uma análise ao comunicado da PSP traz-nos motivos de enorme preocupação, tendo em conta, sobretudo, que é nesta instituição que, enquanto cidadãos, depositamos a autoridade e a exclusividade do uso da força. O que vemos acontecer não é, em vários sentidos, próprio de um Estado de Direito, livre e democrático.
A Polícia começa por referir-se às revelações de ontem à noite como “acusações lançadas ...por responsável do Futebol Clube do Porto”, ignorando que Francisco J. Marques limitou-se a ler comunicações de elementos ligados ao Benfica, sem produzir juízos de valor relevantes sobre elas. Dessa forma, a PSP alinha com a estratégia de defesa pública do Benfica, que prefere tratar das revelações de correspondência verdadeira e autenticada como opiniões injuriosas e não como factos graves.
Já em relação aos factos em si, concretamente, a PSP nada diz e escuda-se, alegando que não tem por hábito tornar públicos pormenores de questões operacionais. Fala apenas em princípios genéricos que (supostamente) orientam a sua acção, sem nunca fazer aquilo que se impunha: desmentir o Benfica e o conteúdo dos e-mails revelados.
É perturbador constatar que a PSP não só não se refere aos factos em si como evita, a todo o custo, pronunciar as palavras e os nomes dos principais envolvidos neste caso: Benfica, Estádio da Luz, Domingos Soares de Oliveira -, demonstrando que “o respeitinho é muito bonito.”
O comunicado da PSP é a imagem de uma instituição comprometida, que ainda há poucos dias tentou branquear a tentativa de criação de distúrbios por parte dos casuals do Benfica, na visita ao Dragão. Uma instituição que, segundo o presidente do IPDJ, não tem problemas com a ilegalidade das claques do Benfica.
Está visto que a investigação em curso, liderada pelo Ministério Público e pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, tem de ser alargada a mais âmbitos. Está visto, também, que a extensão do poder deste polvo é ainda maior do que poderíamos, a princípio, imaginar: os seus tentáculos estendem-se por diversos sectores do Estado Centralista, que está estruturalmente corrompido pelos interesses particulares de um clube de futebol.
Lembrando Salgueiro Maia, "às vezes é preciso desobedecer." Se esse dia tiver de chegar, chegará.
A Polícia começa por referir-se às revelações de ontem à noite como “acusações lançadas ...por responsável do Futebol Clube do Porto”, ignorando que Francisco J. Marques limitou-se a ler comunicações de elementos ligados ao Benfica, sem produzir juízos de valor relevantes sobre elas. Dessa forma, a PSP alinha com a estratégia de defesa pública do Benfica, que prefere tratar das revelações de correspondência verdadeira e autenticada como opiniões injuriosas e não como factos graves.
Já em relação aos factos em si, concretamente, a PSP nada diz e escuda-se, alegando que não tem por hábito tornar públicos pormenores de questões operacionais. Fala apenas em princípios genéricos que (supostamente) orientam a sua acção, sem nunca fazer aquilo que se impunha: desmentir o Benfica e o conteúdo dos e-mails revelados.
É perturbador constatar que a PSP não só não se refere aos factos em si como evita, a todo o custo, pronunciar as palavras e os nomes dos principais envolvidos neste caso: Benfica, Estádio da Luz, Domingos Soares de Oliveira -, demonstrando que “o respeitinho é muito bonito.”
O comunicado da PSP é a imagem de uma instituição comprometida, que ainda há poucos dias tentou branquear a tentativa de criação de distúrbios por parte dos casuals do Benfica, na visita ao Dragão. Uma instituição que, segundo o presidente do IPDJ, não tem problemas com a ilegalidade das claques do Benfica.
Está visto que a investigação em curso, liderada pelo Ministério Público e pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, tem de ser alargada a mais âmbitos. Está visto, também, que a extensão do poder deste polvo é ainda maior do que poderíamos, a princípio, imaginar: os seus tentáculos estendem-se por diversos sectores do Estado Centralista, que está estruturalmente corrompido pelos interesses particulares de um clube de futebol.
Lembrando Salgueiro Maia, "às vezes é preciso desobedecer." Se esse dia tiver de chegar, chegará.
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