Não tem de repudiar nada: tem de perguntar ao Benfica que e-mail é aquele.
O comunicado da PSP em resposta à menção do nome da instituição num e-mail enviado pelo director de segurança do Benfica a um administrador só pode ser lido assim: como é que nos safamos de perguntar, pela via oficial, ao Benfica por que diabo está o nosso nome metido numa suposta estratégia para retardar a entrada dos adeptos do FC Porto no Estádio da Luz? A conclusão atingida pela Polícia de Segurança pública foi, curiosamente, a mesma a que chegou o notável Instituto Superior do Desporto a respeito das claques do Benfica: falar de uma realidade alternativa, fingir com o mesmo descaramento do IPDJ que não há factos, nem indícios, à vista de toda a gente, e desconversar. A PSP é metida ao barulho no caso dos e-mails porque consta de um e-mail, não porque o FC Porto a acuse ou deixe de acusar. Está metida ao barulho, porque trabalha para nós, contribuintes (todos, de norte a sul), e porque não é suposto que participe em estratégias de clubes de natureza alguma. Portanto, se não participou, não tem de repudiar acusações: tem de perguntar ao Benfica por que razão a "estratégia incluía a participação da PSP". Gostava de escrever agora "chega de brincar às instituições públicas", mas não escrevo, porque sei que vamos continuar a brincar às instituições públicas. E aos secretários de Estado, e aos ministros, etc.
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