Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Para não deixar morrer o assunto OTA

Espanhóis defendem melhor que nós os nossos "interesses estratégicos nacionais"
Vueling com nova rota Madrid-Lisboa

A Vueling espera transportar 80 mil passageiros e 600 voos na sua nova rota Madrid-Lisboa, inaugurada ontem, informou o director geral da companhia aérea, Lázaro Ros.


Preço médio de uma viagem Lisboa-Madrid-Lisboa

... pela Vueling:

140€

*

... por TGV;

200€

**

* (atenção: entretanto estão em promoções!)


Será mais barato viajar de avião que de TGV. Alegadamente, o preço da passagem do TGV será fixado de forma a cobrir despesas de manutenção da infraestrutura, para o tráfico previsto, se é que se considerou a concorrência por voos low-cost.

Se for fixado a "preços de mercado", a exploração do TGV será deficitária, recaindo esse encargo sobre todos os contribuintes. Ora, estes não podem ser "prejudicados" por uma qualquer concorrência. A solução "justa" é os low-costs serem encarecidos por encargos diversos (inclui deslocação das operações para a Ota) até só poderem operar a um custo semelhante ao do TGV. Cada passageiro fará um sacrifício de valor igual ao montante que não poupa numa viagem mais barata, em nome do interesse estratégico nacional.

Mas porque a linha de alta velocidade também servirá para movimentar mercadorias, convém pôr agora de parte a conversa sobre a defesa do contribuinte e fazer contas:

Custo da linha TGV Lisboa-Madrid (por defeito): 3000000000€ **
Custo fixo por português: 3000€

Visto que o tráfego de passageiros não será economicamente vantajoso pelo TGV, conclui-se que cada português contribui com cerca de 600 c. para subsidiar o comércio transfronteiriço de mercadorias.

Para que o "investimento" não seja um fracasso total, é necessário que a importação e exportação de produtos para Espanha fique de facto mais barata que pelas alternativas (transporte por comboio tradicional, ou via rodoviária). Não é líquido que assim seja— lembremo-nos dos custos de operação do sistema, que não serão cordatos, e do historial das empresas públicas do sector ferroviário. Sejamos optimistas e consideremos que há "poupanças", mesmo modestas, a serem realizadas pelo "investimento".

Ganharão os portugueses que conseguirem compensar o custo per capita do "investimento" com essa poupança. Pelo montante em jogo, podemos concluir que há um transferência imediata de dinheiro do consumidor para as maiores empresas que vivem do comércio ibérico e nada contribuem para o projecto (razão por que estão tão entusiasmadas). Os espanhóis, esses, livres de encargos, farão os possíveis para que cada um de nós consiga amortizar o elefante branco, colocando produtos no mercado português em condições mais favoráveis do que a demais concorrência. E esta, particularmente, poderá sempre ser subsidiada ou protegida, de acordo com o "interesse nacional", aumentando ainda mais a factura do contribuinte.

(** dados estimados
aqui)

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