Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Mancholas

O Mancholas (v.g. Sofia Gonçalves) é uma visita recente que me tem dado a honra de tecer alguns comentários.
Fui passar os olhos pelos seus blogues e anotei a temática sempre presente. A atenção foi dirigida para o abandono de animais.
Infelizmente acontece com frequência, mais nos meses de verão, vermos imagens de fieis amigos que passaram à condição de dispensáveis. Mas não só. Outro motivo é quando a dona do cão ou do gato fica grávida e surgem avisos pouco esclarecidos e infundados por parte de terceiras pessoas sobre a possibilidade do animal transmitir doenças que afectem o bébé. Na realidade, basta ter os animais desparasitados e vacinados.
Um terceiro grande motivo são os reles caçadores que se utilizam dos cães na época da caça (que devia ser abolida - a caça-) e depois os abandonam para não os terem de levar para os apartamentos onde vivem.
A maioria dos caçadores assassinos residentes em grandes cidades escolhem as férias para as épocas de caça, alugam cães de caça nesta zona, utilizam-nos e depois abandonam-os friamente pelas matas, regressando felizes às suas belas cidades esquecendo logo os pobres animais que ficam à fome, frio, chuva e sujeitos a espancamentos.
Outro motivo ainda é a vaidade. Quando podem comprar um cão de raça deitam fora o pobre rafeiro que o acompanhou até então, para se poder exibir junto dos amigos e conhecidos, esquecendo porém que o rafeiro é o cão mais sensível e mais inteligente e que por isso sofre mais o abandono.

Pegando mo assunto, fica aqui a opinião de Pedro Santos da Arcadenoe.pt acerca do que fazer com animais abandonados:

Em primeiro lugar quem recolhe da rua um cão ou gato abandonado está com esse gesto a responsabilizar-se por ele, se não legalmente, pelo menos em termos morais, independentemente do facto de poder ou não adoptá-lo. Por essa razão deve pensar muito bem em qual a linha de acção que irá seguir. Findo isto comece por verificar se o mesmo tem coleira e em caso afirmativo, se esta possui alguma indicação sobre os donos.

Findo este preliminar identificativo o animal deve ser levado a uma Clinica Veterinária onde será efectuado um check up de forma a verificar-se do estado de saúde do mesmo. O Médico Veterinário poderá efectuar uma passagem no animal com um leitor de chips de forma a detectar se este possui identificação electrónica. Caso esta não exista pode-se recolher os dados do mesmo e colocar uma mensagem no quadro de avisos do centro veterinário. A distribuição de panfletos de alerta na àrea onde o animal foi recolhido dá muito bons resultados adicionada a uma visita a Petshops e Clinicas Veterinárias da àrea circundante onde o animal foi recolhido.

Após esta primeira fase de divulgação e caso não surjam resultados, deve-se assumir que se trata de um abandonado e há que pensar no destino a dar ao animal. A adopção por quem recolhe é a situação ideal. Caso não seja possivel, deve-se procurar alguém que esteja interessado em adoptá-lo através de anúncios em jornais da especialidade, contactos com amigos, através de contactos com associações de apoio aos animais, Clinicas Veterinárias, que terão todo o gosto em auxiliar dentro de suas possibilidades. Evite os Canis Municipais pois após algum tempo os animais serão submetidos a eutanásia.

Uma situação comum é a de os abandonados serem recolhidos por pessoas que os levam imediatamente a Clinicas Veterinárias ou Canis com o simples intuito de os lá deixar , tomando como garantido que assim resolvem uma situação, quando no fundo só se limitaram a transferi-la para outrém. Em termos simples contando-se por um milhão (estimativa optimista ) o número de animais abandonados pode-se deduzir fácilmente que nem as Clinicas nem os abrigos de apoio aos animais têm hipótese de ajudar todos os pedidos e todos os animais. Assim quem apanha o animal abandonado tem o papel fundamental na futura felicidade deste.

Auxiliar um animal abandonado é uma boa acção na medida em que se ajuda uma criatura inocente a ter uma possibilidade de uma vida digna. Desta forma, se um dia se vir confrontado com esta situação estará mais preparado para os passos que terá de seguir enquanto faz a sua boa acção.

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