Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Voo 93


No sábado fui ver o primeiro filme sobre o 11 de Setembro. Depois virá o de Oliver Stone que espero, como tento com tudo o que este senhor faz, não perder. “United 93” (“Voo 93”, em português) é uma reconstituição honesta, sem grandes efabulações românticas ou tiradas patrióticas, sobre o voo que se dirigia ao Capitólio, em Washington, e que, depois de tomado por uns terroristas completamente amadores, terá sido recuperado pelos passageiros que entretanto já tinham sabido do atentado às Torres Gémeas.

Três notas curtas sobre o filme. Primeira: Fica claro que a máquina pesada, a lentidão das comunicações e a falta de liderança tornaram a resposta aos atentados absolutamente ineficaz. Segunda: o aparente rigor do filme contrasta com a falta de densidade das personagens e de rasgo na realização. Terceira: mesmo sabendo que este era o voo sobre o qual havia mais informações graças aos contactos telefónicos dos passageiros, é curioso que se tenha escolhido para retratar o 11 de Setembro o único lugar e momento em que alguém venceu os terroristas. O filme de Stone, segundo percebi, será sobre os bombeiros. Em qualquer tragédia a América precisa de heróis.

De resto, teremos de esperar um pouco mais para ter filmes mais densos sobre o que aconteceu há cinco anos. E se há coisa em que os americanos são excelentes é a fazer terapia de grupo. Ao contrário dos europeus (quantos filmes há sobre as guerras coloniais francesas e portuguesas?), pensam e questionam o seu passado.

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