«Foi uma grande festa! Só políticos eram mais do que muitos. Honrosa excepção feita à presença mais do que justificada do senhor Presidente da República, a tribuna de honra do Estádio Municipal de Oeiras estava enfeitada a preceito. Mas, lá diz o povo na sua imensa sabedoria, que tudo esta bem, quando acaba bem, e neste caso acabar bem foi sinónimo de vitória por parte do nosso antagonista, os atentissímos críticos do costume já não vislumbraram desta vez mal algum naquela mistura de personalidades, concluindo, pois claro que neste caso especifico não haveria lugar a qualquer tipo de promiscuidade entre a política, os políticos e o futebol. Nada disso!
Promiscuidade da mais vil, isso sim, era quando o então Presidente da Câmara Municipal do Porto, o Dr. Fernando Gomes, agraciava nos Paços do Concelho a equipa Campeã Nacional, o FC Porto, que curiosamente nunca ali se deslocou por apenas ter vencido uma simples Taça de Portugal. Do mesmo modo. o actual presidente da C.M.P. é elogiado por alguns cronistas armados em moralistas, quando não recebe o FC Porto Campeão Europeu; que assim é que é, a verdadeira, a autêntica, a absoluta separação entre politica e o desporto. Curiosamente, já os mesmos personagens, não se coíbem de elogiar o Presidente da C.M. Lisboa por homenagear um clube da sua cidade, acabadinho de vencer a magnifica Taça de Portugal. Nem mais, nem menos!
Provavelmente, dirão uns, apenas uma mera questão de patamares de exigência, porque o FC Porto ganha mais, logo a expectativa é mais alta…Mas nós compreendemos muito bem! Como entendemos o silêncio comprometido daqueles que, por não terem um pingo de vergonha na cara, dantes clamavam histéricos, e agora…nada! Que pensarão deles os filhos e os netos destes malabaristas da palavra não honrada?
Eu imagino o que eles pensarão!…
Depois, bom, assistiu-se a um jogo de frustrante qualidade, bem disputado, em que o senhor juiz da partida cometeu equívocos vários, não assinalando por exemplo duas grandes penalidades a favor do FC Porto e acabando por prejudicar-nos nitidamente. Aqui também, obviamente, os paladinos da moral sobre suspeição, nada pronunciaram. Silêncio sepulcral! Não quero, naturalmente, com isto dizer que terá havido favorecimento premeditado, nada disso, mas o que pretendo é afirmar bem claro, que quando os equívocos são a nosso favor - assim a modos que quando o rei faz anos - o equivoco chama-se logo…suspeição e quase em simultâneo é assim vomitado pela boca e pela pena daqueles que tentam desesperadamente, mas não hão-de conseguir, ser os nossos algozes.
A partir daqui tudo continuou a ser uma festa.
Festa dos políticos, festa da comunicação social, festa do dia seguinte, festa traduzida enfim, as bombásticas primeiras páginas, esquecendo-se os desavergonhados, dos míseros rodapés que publicaram quando FC Porto foi - imagine-se - Campeão do Mundo!
Neste pais, de asfixiante centralismo, meter a cabeça na areia ou assobiar para o lado, já se viu, não faz qualquer sentido; nesta terá onde as muitas e importantes vitórias do FC Porto custam terrivelmente muito mais que as poucas dos nossos rivais, apenas porque estamos longe do poder, num pais onde o clima de medo se instala, o plano inclinado tudo dá à capital do império e o ódio ao FC Porto palpita congenitantemente no seio de uma boa parte da comunicação social, só existe um caminho continuar: É lutar, é dizer Não, Não, não vamos , não iremos por ai!»”
Jorge Nuno Pinto da Costa
Promiscuidade da mais vil, isso sim, era quando o então Presidente da Câmara Municipal do Porto, o Dr. Fernando Gomes, agraciava nos Paços do Concelho a equipa Campeã Nacional, o FC Porto, que curiosamente nunca ali se deslocou por apenas ter vencido uma simples Taça de Portugal. Do mesmo modo. o actual presidente da C.M.P. é elogiado por alguns cronistas armados em moralistas, quando não recebe o FC Porto Campeão Europeu; que assim é que é, a verdadeira, a autêntica, a absoluta separação entre politica e o desporto. Curiosamente, já os mesmos personagens, não se coíbem de elogiar o Presidente da C.M. Lisboa por homenagear um clube da sua cidade, acabadinho de vencer a magnifica Taça de Portugal. Nem mais, nem menos!
Provavelmente, dirão uns, apenas uma mera questão de patamares de exigência, porque o FC Porto ganha mais, logo a expectativa é mais alta…Mas nós compreendemos muito bem! Como entendemos o silêncio comprometido daqueles que, por não terem um pingo de vergonha na cara, dantes clamavam histéricos, e agora…nada! Que pensarão deles os filhos e os netos destes malabaristas da palavra não honrada?
Eu imagino o que eles pensarão!…
Depois, bom, assistiu-se a um jogo de frustrante qualidade, bem disputado, em que o senhor juiz da partida cometeu equívocos vários, não assinalando por exemplo duas grandes penalidades a favor do FC Porto e acabando por prejudicar-nos nitidamente. Aqui também, obviamente, os paladinos da moral sobre suspeição, nada pronunciaram. Silêncio sepulcral! Não quero, naturalmente, com isto dizer que terá havido favorecimento premeditado, nada disso, mas o que pretendo é afirmar bem claro, que quando os equívocos são a nosso favor - assim a modos que quando o rei faz anos - o equivoco chama-se logo…suspeição e quase em simultâneo é assim vomitado pela boca e pela pena daqueles que tentam desesperadamente, mas não hão-de conseguir, ser os nossos algozes.
A partir daqui tudo continuou a ser uma festa.
Festa dos políticos, festa da comunicação social, festa do dia seguinte, festa traduzida enfim, as bombásticas primeiras páginas, esquecendo-se os desavergonhados, dos míseros rodapés que publicaram quando FC Porto foi - imagine-se - Campeão do Mundo!
Neste pais, de asfixiante centralismo, meter a cabeça na areia ou assobiar para o lado, já se viu, não faz qualquer sentido; nesta terá onde as muitas e importantes vitórias do FC Porto custam terrivelmente muito mais que as poucas dos nossos rivais, apenas porque estamos longe do poder, num pais onde o clima de medo se instala, o plano inclinado tudo dá à capital do império e o ódio ao FC Porto palpita congenitantemente no seio de uma boa parte da comunicação social, só existe um caminho continuar: É lutar, é dizer Não, Não, não vamos , não iremos por ai!»”
Jorge Nuno Pinto da Costa