Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Porto vive "a mais grave situação social" desde o 25 de Abril

A União de Sindicatos do Porto (CGTP-IN) diz que o distrito do Porto vive "a mais grave situação social depois do 25 de Abril" e reclamou "medidas especiais" para "estancar a degradação continuada" da situação social na região.
"É gravíssima a situação social no distrito do Porto", denuncia o sindicato em comunicado, destacando o "desmantelamento do seu aparelho produtivo, com evidentes reflexos no desemprego, nos baixos salários e pensões de reforma, na pobreza e na exclusão social".
Prova da escalada da exclusão social é, para a União de Sindicatos do Porto (USP), o total de beneficiários do Rendimento Social de Inserção no distrito (116.268, 34 por cento do total do país) e o número crescente de famílias que recorrem a organizações de auxílio no campo alimentar.
Para esta estrutura sindical, impõem-se "medidas especiais" para o distrito do Porto, pois "os problemas não se resolvem com paliativos como observatórios e programas de promoção do emprego ou reuniões extraordinárias do Conselho de Ministros no Palácio do Freixo".
Acusando os governos do PS, PSD e CDS/PP de promoverem a "economia de casino em detrimento da economia real", a USP recorda que, entre 2004 e 2006, desapareceram 664 empresas nos sectores das pescas e da agricultura.
"No mesmo período, na indústria transformadora, desapareceram cerca de 3.300 empresas, 1.570 das quais do sector têxtil e cerca de 500 da indústria metalúrgica", enquanto no sector da construção foram extintas "mais de 4.500 empresas", sustenta.
Como consequência, só no distrito do Porto mais de seis mil trabalhadores de empresas encerradas eram, em Dezembro passado, credores de mais de 71 milhões de euros e estavam inscritos nos centros de emprego 98.815 trabalhadores desempregados, mais 5,5 por cento que em Dezembro de 2007.
Um número que, segundo a união de sindicatos, está ainda assim "muito abaixo da realidade", por não incluir os desempregados a participar em programas ocupacionais - 23.602 em todo o país - e os envolvidos em programas de emprego e formação profissional - 56 mil a nível nacional.
Também criticado pela USP é a "opção deste governo pelos bancos e banqueiros e pelos ricos e poderosos", que se traduz no "agravamento da situação dos trabalhadores, reformados, jovens e população mais carenciada".
Como exemplo, aponta os recentes despedimentos, processos de 'lay off' e atrasos no pagamento dos salários em várias empresas no distrito, com destaque para a Controlinveste, Qimonda, CNB/Camac, RTE, Manitowoc, Movelpartes, Portutex, Silva e Sistelo, Punho Duplo e Lima Caldeira e Moreira.
Por outro lado, a publicação e entrada em vigor da revisão do Código do Trabalho constituirá, para a USP, "um autêntico 'off-shore' para o patronato", criando "condições para a multiplicação dos abusos, da precariedade e o aumento da exploração dos trabalhadores".
"Os quatro mil milhões de euros já injectados pelo Governo PS/Sócrates para alguns grupos económico-financeiros dava para pagar o salário mínimo nacional a 100 mil trabalhadores, durante seis anos", refere o comunicado.
(in JN)

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