(*) opinião de Jorge Maia, in O JOGO
Se há uma coisa que separa os adeptos do FC Porto dos restantes, para além dos títulos conquistados nos últimos anos, claro, é o seu incomparável nível de exigência. Imagine-se outro clube qualquer com quatro títulos de campeão consecutivos. Bem sei que não é fácil, mas, já que começámos, imagine-se ainda um desses clubes com quatro participações consecutivas na Liga dos Campeões, sendo que nas últimas três ultrapassando a fase de grupos, e ponha-se-lhe ainda uma Taça de Portugal nas mãos. E acrescente-se, num derradeiro esforço de imaginação, que o mesmo clube conseguia todos os anos vender três ou quatro jogadores realizando várias dezenas de milhões de euros em transferências. Se conseguiu imaginar tudo até ao fim, se não se desconcentrou a meio perante a improbabilidade de semelhante obra de ficção, não deve ter muitos problemas em imaginar o resto: a rendição incondicional dos adeptos, as estátuas erguidas à capacidade dos jogadores, as homenagens prestadas à infalibilidade dos técnicos e as vénias à sagacidade dos dirigentes desse clube. Os adeptos do FC Porto não são assim. Duvidam dos jogadores, questionam os técnicos e criticam os dirigentes. Porquê? Porque não se satisfazem com as migalhas que enchem a barriga aos outros.
Se há uma coisa que separa os adeptos do FC Porto dos restantes, para além dos títulos conquistados nos últimos anos, claro, é o seu incomparável nível de exigência. Imagine-se outro clube qualquer com quatro títulos de campeão consecutivos. Bem sei que não é fácil, mas, já que começámos, imagine-se ainda um desses clubes com quatro participações consecutivas na Liga dos Campeões, sendo que nas últimas três ultrapassando a fase de grupos, e ponha-se-lhe ainda uma Taça de Portugal nas mãos. E acrescente-se, num derradeiro esforço de imaginação, que o mesmo clube conseguia todos os anos vender três ou quatro jogadores realizando várias dezenas de milhões de euros em transferências. Se conseguiu imaginar tudo até ao fim, se não se desconcentrou a meio perante a improbabilidade de semelhante obra de ficção, não deve ter muitos problemas em imaginar o resto: a rendição incondicional dos adeptos, as estátuas erguidas à capacidade dos jogadores, as homenagens prestadas à infalibilidade dos técnicos e as vénias à sagacidade dos dirigentes desse clube. Os adeptos do FC Porto não são assim. Duvidam dos jogadores, questionam os técnicos e criticam os dirigentes. Porquê? Porque não se satisfazem com as migalhas que enchem a barriga aos outros.
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