O TIC mandou arquivar o processo que José Sócrates moveu contra João Miguel Tavares
Pela segunda vez, José Sócrates não obteve junto da Justiça uma decisão favorável ao processo que apresentou contra o colunista do “Diário de Notícias” João Miguel Tavares(…)
Na primeira vez que o caso foi levado a tribunal, o Ministério Público decidiu arquivar o processo. Na segunda vez que José Sócrates insistiu na queixa, a resposta foi também o arquivamento. Para o juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa que analisou o caso, o artigo em causa pode ser crítico quanto ao político mas é também uma “manifestação legítima de uma opinião”, como cita o DN.(…)
Apesar dos argumentos apresentados por Sócrates, Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa realçou a questão da “liberdade de expressão”, que prevê a “possibilidade de poder questionar as acções e opções políticas de um político”. Para o juiz de instrução criminal, “é também neste tipo de situações que o direito à honra tem de ceder em prol da liberdade de expressão”. Assim, o tribunal considerou que o artigo em causa é um texto que “se encontra plenamente inserido no exercício da liberdade de expressão”.
A TVI divulgou no Jornal Nacional, um fax trocado entre administradores do Freeport, no qual é feita uma referência explícita a um suborno de dois milhões de libras (três milhões e duzentos mil euros).(…)
“Os efeitos dos acontecimentos do fim-de-semana, com os revezes sofridos pelo PS, nomeadamente nas eleições autárquicas, incluindo Lisboa, e a demissão do Governo de Guterres significam que Sócrates deixou de ser Ministro do Ambiente e que vai haver um compasso de espera de quatro ou cinco meses até que for eleito um novo Governo e nomeado um novo Ministro”, escreve Payne a Rick Dattani, que, por sua vez, reenvia o texto para um outro administrador, Jonathan Rawnsley.
É Dattani quem acrescenta ao texto anotações manuscritas e que refere explicitamente a existência de subornos no valor total de dois milhões de libras: “Jonathan, este é o fulano [Payne] que me telefonou e sabe do suborno de 2 milhões de libras, sublinhei algumas partes interessantes a partir do ponto 4. Se o parlamento é dissolvido até às eleições, o Secretário de Estado não pode aprovar nem rejeitar nada.”
Mas estes biltres julgam-nos por parvos?
MAIS DO MESMO
Fizeram greves, berraram, insultarem, caricaturaram, marcharam e andaram em manifestações e outras fitas... Sabiam que EXISTE REALMENTE ASFIXIA DEMOCRÁTICA e que a tendência é para piorar. Mesmo sabendo que o Partido Socialista está no poder há 16 anos, e que a sua qualidade de vida é uma trampa e que tem vindo a piorar, no momento da decisão, uma fatia da maioria dos portugueses que votaram, empurraram de novo o Sr. Pinto de Sousa para mais 4 anos no poleiro. Ele e a corja oportunista e "que se governa". Como disse à poucos dias o Sr. Soares, o português é um merdoso, que ladra mas não morde. É incapaz de uma atitude que separa o medíocre e o sem tomates do verdadeiro Homem e Cidadão empenhado na evolução da sua espécie, do seu povo como Nação. Sabendo que o centralismo esmaga e rouba as regiões, sabendo que a visão do governo socialista só abarca o que se visualiza do postigo lisboeta e que o resto é "deserto", os cobardes votaram na continuidade. Deram o passo para o abismo. Agora não se queixem.
A propósito desta proposição, aqui vai um artigo excelente de Vasco Graça Moura:
Cada povo tem o governo que merece. Mas depois... não se lastimem, não façam greves, não culpem o destino pelos vossos erros.
O povo português acaba de demonstrar a sua fatal propensão para viver num mundo às avessas. Não há nada a fazer senão respeitá-la. Mas nenhum respeito do quadro legal, institucional e político me impede de considerar absolutamente vergonhosa e delirante a opção que o eleitorado acaba de tomar e ainda menos me impede de falar dos resultados com o mais total desprezo. Só o mais profundo analfabetismo político, de braço dado com a mais torpe cobardia, explica esta vitória do Partido Socialista.
Não se diga que tomo assim uma atitude de mau perdedor, ou que há falta de fair play da minha parte. É timbre das boas maneiras felicitar o vencedor, mas aqui eu encontro-me perante um conflito de deveres: esse, das felicitações na hora do acontecimento, que é um dever de cortesia, e o de dizer o que penso numa situação como aquela que atravessamos, que é um dever de cidadania.
Opto pelo segundo. Por isso, quando profiro estas e outras afirmações, faço-o obedecendo ao imperativo cívico e político de denunciar também neste momento uma situação de catástrofe agravada que vai continuar a fazer-nos resvalar para um abismo irrecuperável.
Entendo que o Governo que sair destes resultados não pode ter tréguas e tenciono combatê-lo em tudo quanto puder. Sabe-se de antemão que o próximo Governo não vai prestar para nada!
É de prever que, dentro de pouco tempo, sejamos arrastados para uma situação de miséria nacional irreversível, repito, de miséria nacional irreversível, e por isso deve ser desde já responsabilizado um eleitorado que, de qualquer maneira, há--de levar a sua impudência e a sua amorfia ao ponto de recomeçar com a mais séria conflitualidade social dentro de muito pouco tempo em relação a esta mesma gente inepta a quem deu a maioria.
O voto nas legislativas revelou-se acomodatício e complacente com o status quo. Talvez por se tratar, na sua grande maioria, de um voto de dependentes directos ou indirectos do Estado, da expressão de criaturas invertebradas que não querem nenhuma espécie de mudança da vidinha que levam e que se estão marimbando para o futuro e para as hipotecas que as hostes socialistas têm vindo a agendar ao longo do tempo. O que essa malta quer é o rendimento mínimo, o subsídio por tudo e por nada, a lei do menor esforço.
Mas as empresas continuarão a falir, os desempregados continuarão a aumentar, os jovens continuarão sem ter um rumo profissional para a sua vida. Pelos vistos a maioria não só gosta disso, como embarcou nas manipulações grosseiras, nas publicidades enganosas, nas aldrabices mediáticas, na venda das ilusões mais fraudulentamente vazias de conteúdo.
A vitória foi dada à força política que governou pior, ao elenco de responsáveis que mais incompetentemente contribuiu para o agravamento da crise e para o esboroar da sustentabilidade, ao clube de luminárias pacóvias que não soube prevenir o desemprego, nem resolver os problemas do trabalho, nem os da educação, nem os da justiça, nem os da segurança, nem os do mundo rural, nem nenhuma das demais questões relevantes e relativas a todos os aspectos políticos, sociais, culturais, económicos e cívicos de que se faz a vida de um país.
Este prémio dado à incompetência mais clamorosa vai ter consequências desastrosas. A vida dos portugueses é, e vai continuar a ser, uma verdadeira trampa, mas eles acabam de mostrar que preferem chafurdar na porcaria a encontrar soluções verdadeiras, competentes, dignas e limpas. A democracia é assim. Terão o que merecem e é muitíssimo bem feito.
O País acaba de mostrar que prefere a arrogância e a banha de cobra. Pois besunte-se com elas que há-de ter um lindo enterro.
A partir de agora, só haverá mais do mesmo. Com os socialistas no Governo, Portugal não sairá da cepa torta nos próximos anos, ir-se-á afundando cada vez mais no pântano dos falhanços, das negociatas e dos conluios, e dentro de pouco tempo nem sequer será digno de ser independente. Sejam muito felizes.
Numa escola francesa, 1/9/2009:
-Mustapha El Ekhzeri?
-Présent
-Achmed El Cabul?
-Présent
-Kadir Sel Ohlmi?
-Présent
-Mohammed Endahrha?
-Présent
-Ala In Ben Oit?
(Silêncio)
-Ala In Ben Oit?
(Silêncio)
- Ala In Ben Oit?
- Sou eu, mas isso pronuncia-se «Alain Benoît».
Os meus amigos de Lisboa ficam surpreendidos por lhes sugerir a Pousada da Juventude quando me perguntam onde devem ficar quando vêm ao Porto. Ao contrário do que o nome indica (e a generalidade das pessoas pensa), as Pousadas de Juventude estão abertas a clientela de todas as idades. E a pousada do Porto está num local magnífico, com uma vista deslumbrante do Douro e a sua foz.
Tenho formatada uma lista de recomendações para os meus amigos que visitam o Porto.
Para a experiência francesinha, acompanhada por um príncipe e antecedida de um rissol de carne, aconselho o Capa Negra, no Campo Alegre.
Na Baixa, além dos incontornáveis Majestic e Lello – que se não são o café e a livraria mais bonitos do mundo pelo menos andam por lá perto -, acho imprescindível um passeio a bordo do eléctrico 22, do Carmo até à Batalha, complementado pela descida de funicular até à Ribeira, onde só tem a ganhar se visitar o Palácio da Bolsa (o Salão Árabe é de cortar a respiração) a atravessar a pé o tabuleiro inferior da ponte Luiz I, não se esquecendo de olhar para montante e apreciar devidamente a elegância da ponte D. Maria, uma jóia de Eiffel.
As melhores vistas panorâmicas do Porto obtêm-se a partir de Gaia. As minhas preferidas são as das esplanadas do Bogani (Cais de Gaia) e do Arrábida Shopping. Já que está na margem esquerda, não perde nada se visitar umas caves de Vinho do Porto. É um cliché turístico, mas vale a pena.
Com partida da Ribeira (onde tem a opção de embarcar num cruzeiro pelas seis pontes), junto à igreja de S. Francisco (aquela que tem o interior revestido a ouro), o eléctrico 1 percorre a marginal fluvial. Depois, a partir do Jardim do Passeio Alegre, o melhor é mesmo seguir a pé, ao nível das praias, parar a meio numa esplanada, passar o Castelo do Queijo chegar à frente marítima do Parque da Cidade e olhar a fantástica Anémona que assinala a entrada em Matosinhos.
Se os meus amigos vêm com tempo contado e não podem fazer o programa completo, eu não os deixo partir sem verem os três mais recentes tesouros que enriqueceram a cidade nos anos de viragem do século.
Vir ao Porto e não visitar Serralves, ver a Casa da Música e ir de metro até ao Dragão é muito mais grave do que ir a Roma e não ver o papa.
É por isso que eu, portuense, fico triste por ter um presidente da Câmara que nunca pôs os pés no Dragão, só foi uma vez a Serralves (e porque o Fernando Lanhas o foi buscar aos Paços do Concelho e o obrigou a visitar a exposição dele) e não frequenta a Casa da Música – apesar de morar ali ao lado, a menos de cinco minutos a pé. O Porto merece melhor.
(*) por Jorge Fiel, no Diário de Notícias e no blog Bússola
É bonito este foguetório, sim senhor, mas lá como cá, o importante é o circo:
centro cultural de belém (em lisboa);
expo 98 (em lisboa);
novo aeroporto (em lisboa);
euro 2004 dá dois estádios de borla (a clubes de lisboa);
no país profundo fecham-se linhas de caminho de ferro, em lisboa investe-se mais e mais nas linhas para o perímetro urbano;
novas linhas de metro (em lisboa, que o Porto continua a mendigar);
obras de recuperação da marginal (em lisboa, e por decreto-lei) ;
a cereja, são as verbas que a Comissão Europeia destina às regiões mais pobres de Portugal e que lisboa rouba só "porque tem as sedes dos 645 institutos regionais localizados na capital". Biltres.
No fim, é sempre todo o povo a apagar estes investimentos através dos impostos, porque o pão ninguém o vê!
A única diferença é que lá, os jogos não vão ser na capital Brasília...
UE abre procedimento de «défice excessivo» contra Portugal
Também por isso, continuo na oposição. Espero que o PSD e o CDS também.
A LEGISLAÇÃO REPUBLICANA
«O que se legisla é pouco e mau, como por exemplo, a lei de imprensa, incompleta e muito menos liberal que as anteriores, e cujos primeiros parágrafos parecem redigidos de propósito para por o jornal do Homem Cristo à mercê das prepotências da autoridade civil. Demissões, exonerações, juntas de saúde, convites à reforma… balões de ensaio nos jornais, e quem, ipso facto, o substitui; e em pouco mais se cifra a acção governamental republicana.»
ALMEIDA, Fialho d’ – Saibam quantos… (cartas e artigos políticos). Lisboa: Livraria Clássica Editora, 1912, pp. 21.