Beijar-te será desvendar
O gosto puro nos teus olhos
Em berço largo de candura.
Será entrar no anel de fogo
Que inunda, sem o saberes,
A tua carne embriagada
Pela entrega com loucura.
Será reconhecer as aves intactas
Que voam inocentes
No sorriso delicado do teu rosto.
Será incendiar-te,
Afogar-te o peito erguido
Com as chamas dos meus braços.
Será rasgar a minha fronte
Para que a tua se alague
Da nudez divinal que te habita.
Será sussurrar-te palavras com rastilhos
Até que atices a pólvora
Da desordem do meu grito sobre o teu.
Beijar-te, será coabitar-te
Até que eu morra
A cada espasmo que te matar.
Foto:Leszek
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