Texto de César Santos Silva, aqui, no Porto24
O PRIMEIRO TROFÉU DA COLECÇÃO
A Taça União do Norte é, necessariamente, uma relíquia em exibição no Museu do FC Porto. O mais antigo troféu registado na colecção azul e branca tem cem anos e remete para a dimensão já extraordinária do clube no início do século XX. Em 1913, foi com a equipa da terceira categoria de futebol que o clube assinou esta conquista.
Desde muito cedo na história do futebol português que o FC Porto se elevou como um adversário desejado. O prestígio azul e branco cativou o interesse do recém-nascido União do Norte quando este clube portuense quis assinalar o seu aparecimento com a disputa de uma taça. O convite foi dirigido ao FC Porto e o troféu discutido por equipas da terceira categoria de cada emblema.
O FC Porto venceu a Taça União do Norte em Junho de 1913 e foi o primeiro troféu a figurar na galeria azul e branca. Já se disputava, nessa altura, e com formato de competição oficial, a Taça José Monteiro da Costa, que homenageava o presidente portista falecido em 1911 e cujo regulamento determinava a atribuição definitiva de troféu ao vencedor da prova após a conquista de três edições. A Taça Monteiro da Costa ficou na posse do clube só em 1915/1916.
Aos jogadores que ergueram a Taça União do Norte, foram entregues diplomas de vencedores em Dezembro de 1913. Nesse ano, serviam a equipa de terceira categoria do FC Porto nomes como Alberto Vilaça, António Carlos, Artur Pimenta, Isidoro Dias, Hans Hrohn, Lamartine Oliveira, Martinho Ribeiro, Marques Miranda, Alexandre Leal e António Machado. Mas também José Bacelar, mais tarde sócio número 1 do FC Porto e elevado na história como um dos associados mais influentes no engrandecimento do emblema durante largas décadas do século passado.
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