A história do Lyubov Orlova, e seus ratos-canibais a bordo, tem feito as páginas dos jornais nas ultimas semanas. Mas este não é o único navio-fantasma que tem assolado os oceanos do planeta.
Nas últimas semanas, os jornais e as redes sociais encheram-se de histórias sobre o Lyubov Orlova, um navio-fantasma que desapareceu há cerca de um ano no oceano Atlântico e que, aparentemente, se dirigia para a costa do Reino Unido com uma carga tenebrosa a bordo: ratos que se tornaram canibais por falta de comida.
Ratos-canibais à parte, a história do Orlova tem boa parte de verdade. O navio, de origem russa, foi construído para servir a elite russa nos seus passeios marítimos. O endividamento dos donos fez com que acabasse atracado na Terra Nova, a apodrecer.
A 4 de fevereiro de 2013, quando era transportando para República Dominicana, para ser vendido como sucata, os cabos que seguravam o navio ter-se-ão partido e o Orlova desapareceu no Atlântico.
As autoridades marítimas britânicas e da Irlanda já vieram a público acalmar os ânimos e dizer que não há perigo imediato de o navio atingir a costa inglesa... O mais provável é já estar no fundo do mar.
Mas esta não é a única história de navios que desapareceram misteriosamente nas águas dos oceanos ou são encontrados à deriva, sem tripulação, elevando-os ao estatuto de navios-fantasma.
Em 2006, por exemplo, o navio-tanque Jian Seng foi encontrado à deriva na costa de Queensland, na Austrália. A tripulação tinha desaparecido e nunca se conseguiu descobrir de onde vinha o navio ou a quem pertencia. No interior da embarcação, as autoridades encontraram apenas quilos de arroz e sinais de que o navio estaria à deriva há já algum tempo.
No mesmo ano, a guarda-costeira italiana investigou o caso do Bel Amica, um barco à deriva na costa da Sardenha. No interior encontraram refeições egípcias meio comidas, mapas em francês dos mares do Norte de África e uma bandeira do Luxemburgo... mas sem vivalma.
Ainda mais misterioso é o caso do catamaran Kaz II encontrado à deriva perto da Grande Barreira de Coral, na Austrália, em abril de 2007.
As velas estavam levantadas, na cozinha a mesa estava posta com comida pronta a servir e um computador portátil estava ligado e a funcionar. Os instrumentos de navegação estavam operacionais e os coletes salva-vidas estavam a bordo. Mas da tripulação de três homens nem sinal.
As velas estavam levantadas, na cozinha a mesa estava posta com comida pronta a servir e um computador portátil estava ligado e a funcionar. Os instrumentos de navegação estavam operacionais e os coletes salva-vidas estavam a bordo. Mas da tripulação de três homens nem sinal.
Há quem compare o caso do Kaz II ao do brigatim Mary Celeste, encontrado abandonado quando seguia para o Estreito de Gibraltar em 1872.
A embarcação estava intacta, tinha mantimentos para seis meses, as velas armadas... mas não se via vivalma. A tripulação, de seis homens, e dois passageiros tinham simplesmente desaparecido sem que qualquer explicação fosse encontrada para tal. Até hoje permanece o mistério: porque foi o Mary Celeste abandonado?
A embarcação estava intacta, tinha mantimentos para seis meses, as velas armadas... mas não se via vivalma. A tripulação, de seis homens, e dois passageiros tinham simplesmente desaparecido sem que qualquer explicação fosse encontrada para tal. Até hoje permanece o mistério: porque foi o Mary Celeste abandonado?
Outro fenómeno dos mares é o caso do escuna Carroll A Deering que deu à costa na Carolina do Norte, sem tripulação, em 1921. O caso é um dos mais relatados das histórias marítimas em boa parte por ser considerado uma vítima do Triângulo das Bermudas.
Para além da tripulação, da embarcação tinham desaparecido o diário de bordo, equipamento de navegação, dois salva-vidas e os bens pessoais da tripulação. Ainda assim, na cozinha tudo estava preparado para a refeição do dia. O governo norte-americano lançou uma investigação interdepartamental exaustiva mas o episódio continua por explicar até aos dias de hoje.
Também a investigação ao destino dos 25 passageiros do MV Joyita deixou mais dúvidas que respostas. A embarcação de lazer foi descoberta abandonada no Pacífico em 1955. Das 25 pessoas a bordo, entre tripulação e passageiros, não havia sinal.
Construido com uma enorme capacidade de flutuabilidade, e estando com o casco intacto, as autoridades não conseguiram perceber porque é que o barco estava virado de lado, semi-submerso na água. No final, classificaram o incidente de «inexplicável». [artigo e fotografias daqui]
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