O Centro Hospitalar do Porto vai proceder no próximo fim-de-semana ao encerramento do Hospital Joaquim Urbano, unidade especializada em doenças pulmonares e infecciosas, com a transferência dos doentes ali internados para o último piso do hospital de Santo António. O novo espaço foi alvo de um investimento de 1,5 milhões de euros, para criação de uma enfermaria dedicada, que inclui uma zona de isolamento. O CHP investiu outro tanto na renovação de um edifício junto ao Centro Integrado de Cirurgia de Ambulatório (CICA) para onde vão ser transferidas as consultas.
Num pavilhão do Joaquim Urbano vai continuar a ser prestado o serviço de terapêutica combinada que garante a toma assistida de metadona a cerca de 250 doentes. Outra das enfermarias vai ser cedida, em regime de comodato, à câmara do Porto, para instalação de um serviço de apoio a pessoas sem-abrigo. Num caso e no outro, a permanência no local acontecerá até que seja encontrado um destino para as instalações que em 2008 foram integradas no CHP, explicou ao PÚBLICO o presidente do centro hospitalar, Sollari Allegro.
O responsável pelo CHP considera que as mudanças que decorrerão no fim de semana – e que implicam a transferência de 20 doentes internados no Joaquim Urbano – vão melhorar muito a qualidade do serviço prestado pelas equipas que ali trabalhavam e que, no Santo António, acrescenta, passarão a ter acesso a equipamentos de ponta (TAC, ressonâncias), ao Laboratório, etc. Os doentes, garante, vão ter também melhores condições pois todo o último piso foi renovado, garantindo 28 camas de internamento, seis das quais numa ala de isolamento que, elogia, são das melhores do país, pela sua configuração, permitindo condições adequadas para o tratamento de doenças como a tuberculose multi-resistente.
A transferência do Joaquim Urbano para o Santo António está prevista há vários anos, mas a lentidão dos processos na Administração Pública ditou sucessivos adiamentos, explica Solari Allegro. Desde a criação do CHP foi encerrado o Hospital de Crianças Maria Pia, cujos serviços estão integrados no novo Centro Materno Infantil Albino Aroso e, agora, fecha-se o ciclo com o processo do Joaquim Urbano. “Apesar de bem administrado, este era um hospital muito pequeno, com pouca massa crítica”, argumenta o administrador, satisfeito com as mudanças. “Agora temos é que empurrar o barco e melhorar a prestação de serviços”, vinca. [daqui]
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