A Caixa Geral de Depósitos é o bordel do regime. Durante anos, por lá se passaram e se satisfizeram, em alternância «democrática», todas as eminências pardas do PS e do PSD, que me poupo a citar por motivos de ordem de higiene ambiental. Enquanto por lá estavam, como administradores e gestores, utilizavam o dinheiro dos depositantes para fazerem favores aos amigos e aos partidos a que pertenciam, para comprarem bancos, grupos de comunicação social e realizarem toda a espécie de luxos privados a que a elite do regime considera ter direito. Quem não se lembra ainda de Armando Vara, o moço de fretes de José Sócrates para a banca, dos «empréstimos» a Joe Berardo para assaltar o BCP, das negociatas com Ricardo Salgado para manter os balanços do BES e controlar a PT, dos financiamentos ao comendador Oliveira para que ele comprasse a Lusomundo e a pusesse ao serviço do governo? Quando acabavam a sua patriótica missão de gastar o que não lhes pertencia, os «gestores» da Caixa saiam com indemnizações milionárias ou pensões de reforma faraónicas, como sucedeu com o célebre «reformado Amaral», Mira Amaral, do PSD, mais precisamente, que, tendo lá estado uns meses e sacado uma belíssima reforma, ainda teve tempo para ir presidir a outro banco, falido pela «elite» financeira do PSD, o BPN. Veja-se, agora, donde veio todo esse dinheiro e rapidamente perceberemos por que é que nunca os governos do PS e do PSD quiseram privatizar a Caixa Geral de Depósitos. Porque, enquanto ela for pública, haverá sempre o dinheiro dos contribuintes para que os governos possam continuar a brincar aos bancos e aos banqueiros, e a gastar o dinheiro que não lhes pertence. Quem também ainda não percebeu por que motivo Portugal faliu e está como está, tem também aqui uma boa razão para deixar de desconfiar da troika e de Angela Merkel. [ via Blasfémias ]
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