O editorial do dia 13 de José Manuel Fernandes no Público (link directo indisponível) põe o dedo na ferida: está em curso uma guerra de civilizações planeada, preparada e executada por responsáveis do mundo islâmico, nomeadamente aqueles que recusam a «modernidade» e a «democracia».
Trata-se, contudo, não de um conflito entre dois blocos territorialmente delimitados em busca de mais espaço, recursos, poder ou influência geográfica, mas de dois tipos radicalmente distintos de organização política e social, inspirados por valores e princípios diametralmente opostos. O mundo islâmico assenta e assentou sempre sobre sociedades fortemente hierarquizadas, dominadas por autocratas ou oligarquias materialmente privilegiadas, que exploram pelo terror da força bruta ou pelo temor da religião multidões de miseráveis. Sociedades onde os direitos mais elementares não são reconhecidos, as mulheres estão completamente desprovidas de direitos e vivem ainda numa condição de semi-escravidão, a miséria material predomina, e onde o Estado tem religião oficial. Nestas condições, o que os EUA fizeram no Afeganistão, mas sobretudo no Iraque, impondo as regras da democracia, dando início a um processo de igualdade individual perante a lei, pode ser, se correr bem, o princípio do desmoronamento desse mundo e dessa «civilização»: o Médio Oriente não pode ter um país democrático que sirva de exemplo aos outros. Para isso, já chega Israel.
É esta a razão desta guerra, por ora, de propaganda e de comunicação. O «Islão» está a dizer-nos que não quer os valores ocidentais e está a tentar demonstrar aos seus povos que, afinal, esses valores são bem piores do que os seus, porque não respeitam nem Deus, nem os homens. Daí o episódio das caricaturas e, agora, o filme do espancamento de iraquianos por militares ingleses.
Em boa verdade, quem começou esta guerra, ao contrário do que afirma o director do Público, fomos nós e não eles. Porque existimos, porque recebemos milhões de cidadãos provenientes desse mundo que cá vivem livremente, e porque estamos a tentar democratizar o Iraque. E ainda bem que assim é.
Trata-se, contudo, não de um conflito entre dois blocos territorialmente delimitados em busca de mais espaço, recursos, poder ou influência geográfica, mas de dois tipos radicalmente distintos de organização política e social, inspirados por valores e princípios diametralmente opostos. O mundo islâmico assenta e assentou sempre sobre sociedades fortemente hierarquizadas, dominadas por autocratas ou oligarquias materialmente privilegiadas, que exploram pelo terror da força bruta ou pelo temor da religião multidões de miseráveis. Sociedades onde os direitos mais elementares não são reconhecidos, as mulheres estão completamente desprovidas de direitos e vivem ainda numa condição de semi-escravidão, a miséria material predomina, e onde o Estado tem religião oficial. Nestas condições, o que os EUA fizeram no Afeganistão, mas sobretudo no Iraque, impondo as regras da democracia, dando início a um processo de igualdade individual perante a lei, pode ser, se correr bem, o princípio do desmoronamento desse mundo e dessa «civilização»: o Médio Oriente não pode ter um país democrático que sirva de exemplo aos outros. Para isso, já chega Israel.
É esta a razão desta guerra, por ora, de propaganda e de comunicação. O «Islão» está a dizer-nos que não quer os valores ocidentais e está a tentar demonstrar aos seus povos que, afinal, esses valores são bem piores do que os seus, porque não respeitam nem Deus, nem os homens. Daí o episódio das caricaturas e, agora, o filme do espancamento de iraquianos por militares ingleses.
Em boa verdade, quem começou esta guerra, ao contrário do que afirma o director do Público, fomos nós e não eles. Porque existimos, porque recebemos milhões de cidadãos provenientes desse mundo que cá vivem livremente, e porque estamos a tentar democratizar o Iraque. E ainda bem que assim é.
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