Mas, os que ainda subsistem, são testemunhos de um passado em que a carta tinha um significado que hoje quase não existe.
Por aquela abertura, quantos sonhos, quantas desilusões, quantas esperanças, quantas notícias, passaram?Naquele ventre redondo, vermelho, frio, quantos retalhos de vida não ficaram depositados, à espera de chegarem ao destino?
Actualmente, ainda continua no seu posto, à espera que um dia destes alguém, num gabinete, decida que já é uma peça obsoleta e sem grande serventia.
Para já ainda vai acolhendo alguma (pouca) correspondência. Cartas e ofícios comerciais, na maioria dos casos.
Ainda alguma carta de amor?
Como aquelas de que falava o Alberto Ribeiro, há muitos anos atrás, quando cantava, com a sua célebre voz delicodoce "Marco do correio,de portinha ao centro, ..."
0 comentários:
Enviar um comentário