QUERIA VISITAR O REI JUAN CARLOS
SÓ HOJE BILL GATES PERCEBEU QUE PORTUGAL NÃO É UMA REGIÃO AUTÓNOMA DE ESPANHA
Tudo se passou a meio da tarde. A comitiva que acompanha Bill Gates já tinha achado estranho a obsessão do homem mais rico do mundo por comer paella. No entanto, ninguém quis questionar o gigante informático. Já quando aterrou em Lisboa tinha cumprimentado um funcionário do aeroporto com um: Olé, guapo! Na altura todos pensaram que se tratava do bom humor de um homem rico.
Porém, esta tarde pediu a um segurança pessoal da PSP, que o acompanha no carro, para ir visitar o Rei Juan Carlos. O agente tê-lo-á informado que o Rei Juan Carlos é espanhol e que Portugal era uma nação independente. Bill Gates ficou, segundo quem viu, muito confundido. O agente Fernandes disse-lhe que já tinha visitado o Chefe de Estado português, o Presidente Jorge Sampaio. Mas esse não era presidente da Câmara de Lisboa? – perguntou Bill Gates. O agente Fernandes explicou a organização política de Portugal enquanto o sinal da Rua Castilho não abria.
Mais tarde, Sócrates foi confrontado com estes acontecimentos. Sócrates continua a achar que Bill Gates é um grande informático e que estes pequenos defeitos não prejudicam o excelente produto. Terá dito, ainda, o Primeiro-ministro, que provavelmente o Presidente da Microsoft fez uma pesquisa no Google sobre Portugal e pode ter encontrado algum erro. Nem tudo na Internet é bom! – exclamou o Primeiro-ministro.
ENTREVISTA COM AS DUAS LÉSBICAS QUE QUISERAM CASAR
No escritório do Advogado de Helena e Teresa, foram estrevistadas as duas lésbicas que quiseram casar. Foi uma conversa amena, como poderão verificar, que durou mais de meia hora.
Jornalista (J) – Esta proibição do vosso casamento prejudicou a vossa relação?
Lena – Mais ou menos…
Teresa – Nada. E tu deixa-te estar calada (apontando para Lena) que quem responde sou eu. Estás aqui estás a comer.
(J) – Em que sentido a vossa relação andou para trás?
Lena – Em todos…
Teresa – Estarei tramada com esta porca? Tá calada! Só dizes disparates. Vai para a cozinha, ou queres que eu te leve para casa dos teus pais? Queres? É isso que queres?
(J) – Calma, não é preciso discutirem.
Teresa – E tu não te metas, ó paneleiro. Com esse cachecol também deves andar a sentar-te nas retretes antes dos outros se levantarem.
(J) – Vou fingir que não ouvi. Cabra da fufa.
Teresa – O que é que disseste, meu paneleirote?
(J) – Nada, estava apenas a tossir. Desde que nevou nunca mais me passou. Mas voltemos à vossa relação, e também gostava de ouvir a Lena. Nunca sentiram o apoio da sociedade? Sempre tiveram que enfrentar a homofobia?
Lena – Enfrentar o quê, senhor jornalista?
(J) – A homofobia.
Lena – O que é isso? Não me diga que é mais uma doença típica dos gays.
(J) – Não, trata-se da repulsa social aos homossexuais.
Lena – Isso sempre foi muito duro. Quando eu comecei a namorar com a Teresa, ninguém lá no bairro me fiava. Nem o Senhor Júlio da mercearia. Só o Cândido da oficina me concedia crédito, mas só em troco de um espectáculo lésbico, que nunca fizemos. A sociedade está muito fechada. Não aceita que nós nos amemos como qualquer outro se ama. Temos muita dificuldade.
Teresa – Isso é mais esta palhaça. A mim, quando alguém me vem com aquelas tretas, enfio logo dois borrachos naqueles focinhos que até lhes saltam os dentes da boca. O conservador, por exemplo, estive mesmo para lhe meter a cabeça no secador nas mãos, quando me cruzei com ele na casa de banho.
(J) – Perdão, na casa de banho? Mas como se cruzou com o Conservador na casa de banho? Ele estava na casa de banho das mulheres?
Teresa – Ainda estou para perceber como chegaste a jornalista. Eu é que estava na casa de banho dos homens. Não me lembro, com esta minha idade razoável, de entrar numa casa de banho de mulheres. E até utilizo os urinóis. É da maneira que não tenho de estar na fila, quando há grandes concentrações.
(J) – Como pensam conseguir o casamento, com estas últimas notícias?
Lena – Vamos lutando, com todas as nossas forças.
Teresa – Isto vai ser fácil. Não estamos a pagar nada ao advogado, também é uma valente bosta, mas o gajo empenha-se. Como ele quer aparecer na televisão, lá vai trabalhando sem termos de lhe pagar. Depois, também há as instituições de apoio a todas as bichezas de que um ser humano é capaz. Até sexo com animais, estou convencida que eles apoiam. Bissexuais, Gays, Lésbicas e Transgenders, aquilo é uma maravilha. Com um menu destes, quem é que quer ser heterossexual nesta vida?
(J) – Muito obrigado pelo vosso tempo e boa sorte para a vossa vida.
Lena – Muito obrigado, caro senhor.
Teresa – Um cromo destes… Bom, anda-te embora Lena que combinámos ver a bola lá em casa e ainda tens de ir fritar os pastéis de bacalhau.
GRANDE RECEPÇÃO
MOURINHO ESTÁ COM CIÚMES DE BILL GATES
A grande recepção que foi feita a Bill Gates está na origem de um ataque de ciúmes de José Mourinho. O treinador de futebol já mandou um sms ao Primeiro-ministro a dizer: Interesseiro. Mourinho esperava ser melhor recebido que qualquer outra pessoa, nas suas deslocações a Lisboa. O papa eu até compreendo – diz o treinador – faz milagres e tal. Agora, o Bill Gates? Não foi Bill Gates que pôs o nome de Portugal no mundo. Nunca tive motinhas da polícia à frente do meu carro! Nunca! Nem quando o Porto ganhou a Taça dos Campeões. A equipa até teve, mas eu tive de sair mais cedo.
Mourinho não adiantou mais nada. Estava no fecho das bolsas e os grandes investidores não sabiam o que fazer com as acções. Saiu da sala a gritar: Vennnddooooooo!
O drama foi quando nos pediu mil contos pela reportagem. O Imprensa Falsa disse que não estava habituado a pagar pelas reportagens que fazia. Mourinho olhou-nos com um ar estranho e disse: Mas... Se não fosse para ganhar, eu não estava aqui.
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