Ministério Público do Porto quis prender Carolina Salgado mas foi forçado a recuar. A versão oficial é que Carolina Salgado não foi detida por causa do novo Código de Processo Penal
Mas o novo código ainda nem sequer entrou em vigor!!
Uma procuradora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Ministério Público (MP) do Porto ordenou a emissão de um mandado de detenção contra Carolina Salgado na sequência da dedução de uma acusação formal por crimes de incêndio e ofensa à integridade física grave e qualificada, no âmbito dos casos de fogo posto nos escritórios de Pinto da Costa e do advogado Lourenço Pinto e um solicitador de nome Jorge Vieira Pinto. No caso das agressões, a vítima seria o médico Fernando Póvoas.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, a ordem de detenção e condução para o Tribunal de Instrução Criminal do Porto, onde lhe seriam aplicadas medidas de coacção, foi emitida no passado dia 3. Mas a procuradora, Teresa Morais, acabou por ter de recuar na pretensão, alegadamente face à iminente entrada em vigor no novo Código de Processo Penal, mais exigente quanto a detenções para aplicação de medidas de coacção. Contudo, o novo código ainda não entrou em vigor, só entra a 15 de Setembro, pelo que fica no ar que terá havido pressões para impedir a prisão de Carolina Salgado.
Segundo apurou o JN, a irmã gémea de Ana Salgado, que acusou Carolina em depoimento ao Ministério Público de se querer vingar de Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa, é acusada na qualidade de "autora moral" e responsável pelas ordens de execução daqueles crimes.
Os autores materiais são dois indivíduos, chamados Rui Passeira e Paulo Lemos, que confessaram ter feito uma espera para bater e assaltar Póvoas à porta do seu consultório, no Porto, a 13 de Junho de 2006 e noutra ocasião em Vila Nova de Cerveira, na casa de Pinto da Costa.
Carolina acusada de pagar com cocaína
Além destes episódios, Lemos confessou ainda a autoria dos dois incêndios, na madrugada de 14 de Junho. Segundo esta mesma versão do homem que garante ser o namorado que sucedeu a Pinto da Costa - segundo o MP, o interesse de Passeira seria receber cocaína gratuitamente, Carolina terá mandado incendiar também o escritório de um solicitador, responsável por um arresto de alguns bens seus.
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