Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Pressão, por Jorge Maia, in 'O JOGO', e outras observações futebolísticas

"Foi uma boa arbitragem, que não teve influência no resultado". Foi assim que Paulo Bento, treinador do Sporting, comentou o trabalho de Pedro Proença no final do jogo com o FC Porto no Estádio do Dragão. Ora, Paulo Bento até podia ter mudado de ideias, alegando que não tinha visto bem o lance de que resultou o golo portista e que depois de o analisar pelas imagens televisivas com o acompanhamento sonoro das inúmeras opiniões em sentido inverso ao seu, tinha visto a luz. Mas não. Numa demostração de carácter rara no futebol, e apesar do chinfrim à sua volta, quase uma semana depois do clássico no Dragão, e na antevisão do jogo com o Belenenses, o treinador do Sporting garantiu, a quem o quis ouvir, que não tinha mudado de opinião: "Foi uma boa arbitragem, que não teve influência no resultado", portanto. Entretanto, a Comissão de Arbitragem da Liga esclareceu que em lances semelhantes ao que marcou o clássico "compete ao árbitro decidir se a bola foi atirada deliberadamente em direcção ao guarda-redes". Foi o que Pedro Proença fez. É claro que se trata de uma decisão subjectiva, como parte das decisões tomadas pelos árbitros em qualquer jogo de futebol. Como foi subjectiva, por exemplo, a decisão de Bruno Paixão não assinalar grande penalidade contra o Sporting no jogo da Supertaça quando Tonel tocou a bola com a mão na área. Ou foi a bola que tocou na mão de Tonel? Ora, curiosamente, esse lance, que eventual e subjectivamente terá prejudicado o FC Porto, não mereceu cruzadas de especialistas em arbitragem, nem esclarecimentos da CD, nem preencheu as duas semanas seguintes em vagas sucessivas de consternação e preocupação com o rumo da arbitragem. Aliás, a mera menção do episódio levou a que do Sporting - valha-nos a ironia - surgisse a preocupação sobre a "suave pressão" que o FC Porto estava a exercer sobre os árbitros. Pois bem, a pressão sobre os árbitros já deixou de ser suave. É forte, clara e objectiva e serve os interesses de quem a exerce.

LANCES
Golos
O segundo golo do FC Porto em Leiria aconteceu na sequência de um cruzamento para lá da linha de fundo de Bruno Alves. Um erro grosseiro da equipa de arbitragem liderada por João Vilas Boas. O que a maior parte da crítica fez questão de esquecer foi o golo mal anulado aos portistas logo aos 3 minutos de jogo, por fora-de-jogo inexistente de Bruno Alves. Um esquecimento justificado pelo facto de a maior parte dos resumos televisivos da partida não incluirem esse lance. Uma questão de política... de comunicação.

Sempre à frente.