O PCP foi o único partido na Assembleia da República que se recusou condenar a violência no Tibete. Está, agora, ao lado dos comunistas chineses, os mesmo que no início da década de 60 do século passado avançaram com a tese dos dois imperialismos – o americano e o soviético. O PCP, a «quinta coluna» do imperialismo soviético em Portugal, segundo a tese maoísta, apesar de envergonhado, está agora, a quase meio século de distância, a reconhecer a «justeza» das teses de Mao Tsé Tung. Não se trata de engolir um sapo, mas um elefante. No "insuspeito" Avante, o comuna Leandro Martins, em defesa dos comunistas chineses, escreve: «Agora, o tema mediático, servido por um simpático Dalai Lama, caixeiro-viajante do império, é a «questão» tibetana, que visa apresentar a China, gigantesco país onde convivem há séculos muitas nacionalidades, como um Estado opressor, visando, pelo menos, estragar-lhe os Jogos Olímpicos. Se forem só os jogos... É que a União Soviética, destroçada também pela ingerência externa na convivência exemplar que soube construir, continua a ser um exemplo de como o imperialismo sabe ganhar com a desunião dos povos.». As voltas que o mundo dá.
(sonegado ao Hoje Há Conquilhas)