Afinal, não foi preciso esperar muito. Quase nada, para ser mais exacto. De facto, ainda os adeptos do FC Porto tentavam colocar em dia o sono desregulado por mais uma madrugada de festa, celebrando o seu mais recente sucesso, e já havia quem estivesse afanosa e estridentemente à procura de desculpas para o seu mais recente insucesso. Ora, se, tal como escrevi ontem, é difícil conviver com o sucesso, é quase impossível coabitar com o insucesso. Especialmente quando o insucesso é reiterado. É verdade que, nesse caso, as taças ocupam muito menos espaço, mas, quando o insucesso é reiterado e reiteradamente sublinha a incapacidade de alguém para gerir desportivamente um clube com uma enorme e descontente massa crítica, então a única saída é mesmo arranjar uma boa desculpa. O ideal, mesmo, é um bom bode expiatório, capaz não só de arcar com os pecados alheios, mas também de acalmar, ou pelo menos distrair a populaça. E que pecados expiaria o tal bode? Há muitos. O da vaidade, certamente. Afinal, era com vaidade que se falava da equipa no início da temporada. O da inveja, claro. Afinal, é com inveja que se olha para norte. O da preguiça, também. Afinal, procurar desculpas não deixa de ser um sinal de preguiça. E o da ira. A mesma ira que se descarrega sobre o tal bode expiatório. O problema com os pecados é que até se podem expiar, mas não se podem apagar.
Polivalente e omnipresente Rui Costa, símbolo do Benfica, acumula mais funções no clube da águia. É jogador, capitão e praticamente director-desportivo. Pelo meio, ainda consegue arranjar tempo para fazer publicidade ao sítio de apostas BetClick. Alguns poderiam pensar que é estranho um jogador de futebol fazer publicidade a um sítio de apostas, mas não é. Pois não?
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