A Norte, no Norte dos meus antepassados, os contratos são firmados com um simples aperto de mão. É essa honra que está no nosso sangue. É essa honra que nos separa dos sulistas e elitistas do eixo Lisboa-Cascais.
Por queles lados nada se passa sem o loby, sem o conluio, a trapaça é comum e os joguinhos da corte lisboeta são famosos. Qualquer um que por lá passe se apercebe da coisa. Se alinha está com o futuro garantido, se se opõe, está feito. Aconteceu com Fernando Gomes ou com o Prof. Mário Bessa, por exemplo. Aconteceu com a Opa da nortenha e portuense Sonae de Belmiro de Azevedo...
Os lisboetas de adopção - os piores -, os que renegam às suas origens e se adaptam à vivência sulista e elitista, querem tudo à sua volta. Basta ver a quantidade de investimento público feito em lisboa para se perceber. Neste momento, depois das faraónicas obras para o aeroporto e da nova ponte, só fica mesmo a faltar uma candidatura aos jogos olímpicos... mas não deve faltar.
O fado, continuam a tê-lo, a família, fazem de conta que é muito importante, embora a taxa de sida seja das miores da europa, mas o futebol, o futebol é que é que faz falta. Desde que o antigo estado novo deu lugar à democracia dos cobardes soldados, foram perdendo gás. Afinal, deixou de se ganhar por decreto: 3 para os vermelhos, um para os verdes, e nos anos bissextos, para os azuis, do restelo, claro... Lá daquela terra onde trocam os "bês" pelos "vês", vive aquela gente cuja terra é sinónimo de Honra e Nacionalidade. De repente, os oprimidos começaram a ganhar. Não se limitaram a ganhar só na terrinha, tiveram também o desplante de serem campeões da europa e do mundo!!!! Vejam lá se pode!? pensaram os mouros. Ano após anos foram perdendo, cada vez mais, e cada vez com maior estrondo.
Um dia chegou um bacano, comerciante de pneus e/ou de pó de talco, dizem as más línguas, e por trafulhices conhecidas, com botas emprestadas a árbitros, viagens ao Algarve e jantares no Sapo com árbitros, para além dos telefonemas a dizer, "olha, esse não quero, pode ser antes aquele", lá ganhou um campeonato. Achando-se no olimpo teve a afirmação mais importante dos últimos anos: "é preferível ter os homens certos na liga, que vencer campeonatos".
Ontem, tivemos a prova: um seu pavão, todo sorridente, apesar de não ter conseguido a "sua" justiça, penalizou dois clubes do Norte, do Porto. Um terceiro vai a caminho (Gondomar) e para disfarçar, lá meteu um clube do centro, mas só porque o presidente é amigo do Pinto da Costa.
Motivo: corrupção! Corrupção de quê? Ficou alguma coisa provada? Não parece! Mas o importante foi condenar, foi limpar 30 anos de fracassos lisboetas e assim concretizar à letra da lei lisboeta aquilo que os habituais derrotados escolhiam para desculpar os seus insucessos: os do Porto ganham porque são corruptos. Eis a prova final.
Repito: detesto a corrupção. Assim, se há crime que haja castigo. Houve crime? Não sei. Mas sei, porque li, porque se diz, porque é real, os clubes lisboetas, sporting e benfica, também deviam estar no pacote e não estão? Porquê? Porque foram sonegadas outras provas que enolviam cores sulistas? Porquê? Porque se escolhe uma investigadora cujo marido trabalha para o "alegre denunciante benfiquista"? Porque é alguém julgado por outro alguém colocado no específico lugar de acusador pelo concorrente perdedor?
Corrupção? Não sei! Mas porque não é cega a justiça?
Três anos de investigação, de escutas, de filmagens secretas, de perseguições e apenas conseguem acusar o FCPorto de tentativa de corrupção? Alguém filmou o suposto envelope com dinheiro a ser entregue ao árbitro Duarte? Alguém consegue explicar porque motivo Carolina não é contituída arguida como mandante da agressão do Sr. Bexiga e simultaneamente já são válidas as suas linhas (pelos vistos escritas pela benfiquista Pinhão), prova fulcral para os castigos agora aplicados?
Estes factos sim , são pura corrupção e essa tem o selo lisboeta e benfiquista.
Por isso é com pesar que vejo o meu Presidente ser ultrapassado pelos demais administradores da SAD: optaram pela via economicista, e arrumam eventuais problemas para a próxima época.
Errado: a honra é uma coisa que nos é intrínseca, desleixá-la é um erro desgraçado. Não recorrer é, aos olhos do povo inculto ou cego pela imprensa sulista, aceitar o castigo, e isso vai marcar a nossa gloriosa história para todo o sempre. Aceitar uma condenação estratégia? Que tristeza!