Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Os rostos do SISTEMA - No passado

Artigo de Eugénio Queirós integralmente copiado do blogue Bola na Área, de áspera aversão portista e anti-Pinto da Costa, mas que merece toda a difusão:

MUITO ANTES DA PONTE DA ARRÁBIDA...

Época de 39/40. Enquadramento - o F. C. Porto tinha ficado em terceiro lugar no regional, mas participou no campeonato por causa de uma manobra administrativa. A Federação Portuguesa de Futebol fez o alargamento à pressa, as portas abriram-se. Os portistas foram campeões e estiveram quase a consegui-lo sem derrotas, mas, a 21 de Abril de 1940, perderam no Lumiar. O Sporting venceu por 4-3 com o golo da vitória a ser marcado a 20 segundos do fim. Ângelo César, o presidente da altura, já reclamava os privilégios dos clubes de Lisboa. Na equipa distinguiam-se os croatas Petrak e Kordrnya

Depois de ter conquistado os campeonatos de 38/39 e 39/40, o FC Porto sonhava, pela primeira vez, com o seu terceiro título consecutivo. Mas já na época do "bi" a prova teve que ser alargada de forma a repor a "justiça", após uma decisão da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) contrária à da Associação de Futebol do Porto, que colocava o Leixões no "Nacional", em detrimento dos (campeões) portistas. A ilógica da determinação federativa era tal que a formação de Matosinhos recusou o lugar, alegando que a equipa que deveria estar por direito na fase final era o FC Porto. E o FC Porto, com Mihaly Siska no comando técnico, provou então, que era a melhor equipa nacional Na temporada de 40/41, a FPF radicalizou as suas acções de forma serem mais eficazes. Angelo César, presidente do FC Porto, utilizava, naquela altura um discurso (idêntico àquele que viria a ser retomado por Pinto da Costa) contra os poderes instituídos em Lisboa, contra as arbitragens que prejudicavam constantemente as equipas do Norte favorecendo, por outro lado, as do Sul. E quando se levantou a grande polémica que marcou a época de 39/40, Angelo César clamava por justiça, mais do que nunca. Para não voltarem a ser incomodados e ainda, por cima, obrigados conceder-lhe razão, os senhores da FPF irradiaram o presidente portista. Os portistas elegiam simbmente Angelo César para presidente da Assembleia Geral, mas o grito de revolta ecoava por toda a cidade. Por coincidência (?), desde que a voz incómoda de César foi amordaçada, começaram então as arbitragens que de forma descarada prejudicavam sucessivamente o FC Porto, como se pode constatar na consulta de qualquer jornal da época. Logo no primeiro jogo entre os "grandes", o Sporting recebeu os portistas e ganhou por concludente 5-1. Como se não bastasse o resultado ser tão desequilibrado, o sportinguista João Cruz lesionou gravemente o guarda-redes portista, Bela Andrasik, que foi evacuado para o Hospital de São José. Henrique Rosa, o homem que de negro vestido, pintou a sua actuação de verde e branco, encarregou-se de consentir o terceiro golo na sequência de um fora de jogo claríssimo e validou o quarto tento, quando o guardião Andrasik se contorcia com dores no chão, graças a duas fracturas nos ossos da face, depois da agressão de João Cruz.
A guerra Norte-Sul adensou-se ainda mais quando Carlos Pereira, a meio da época, optava por jogar no Unidos FC, um clube de Lisboa que lhe ofereceu o dobro do vencimento que auferia no FC Porto e ainda 30 contos de "luvas".
A equipa portista, sempre comandada por Siska, ainda conseguiria fechar o campeonato com uma vitória de 5-2 sobre o Benfica, mas a derrota consentida no Lima, ante o Sporting tinha-a já atirado irremediavelmente para fora da rota do "tri", naquele em que seria mais tarde recordado como o ano em que os árbitros viraram "anjos negros".
Observação: repare-se, como então, a liga, através dos funcionários colocados pelo equipa dos lampiões, com a ajuda de procuradores da república lisboeta e com lacaios "ditos investigadores" e magistrados com ligações familiares ao presidente dos lampiões, conseguiu, para já, calar por dois anos e quatro meses o Sr. Presidente do FCPorto Pinto da Costa.
Como então, agora vive-se o terror das perseguições pidescas e centralistas, nascidas com o desgraçado estado novo e que teve o seu apogeu no fascismo encimado por Salazar e que hoje, o partido socialista de sócrates pretende readquirir...
Até quando vamos querer pertencer à actual república?

0 comentários: