O jornal de referência espanhol El País, na sua secção "El Viajero", dedica ao Porto um artigo sobre os prazeres gastronómicos, visuais e sensoriais que a cidade oferece. Não faltam referências aos locais mais turísticos, que se complementam com outras sugestões que não se encontram nos guias.
Comecemos pelo fim. A última frase do artigo do El País, publicado na sua página online, conclui: "Assim é o Porto, uma cidade maravilhosa em que se pode sair de um cemitério com um ramo de flores na mão e um sorriso".
O autor do artigo, o escritor espanhol Martín Casariego, descreve a sua passagem pela cidade sem fugir à descrição dos locais mais turísticos, mas é na visita a espaços públicos que pouco suscitam a curiosidade do habitual turista, como o cemitério do Prado do Repouso, "com túmulos que se parecem com capelas e uma avenida ladeada por ciprestes", que efetivamente "a magia" acontece: na simples compra de um molho de margaridas à saída do local, sente verdadeiramente que está numa cidade singular, personificada no sorriso da vendedora.
Este apontamento poético que encerra a narrativa, não deixa, contudo, de conviver bem com a descrição de uma experiência turística típica na cidade. Afinal, como não mencionar a subida dos 200 degraus da Torre dos Clérigos, a livraria Lello, as caves do vinho do Porto, os passeios à beira-rio na Ribeira, com a ponte D. Luís I como pano de fundo, a movida portuense e uma panóplia de espaços de restauração?
É explicada a origem lendária das tripas à moda do Porto. Não esquece a francesinha, o bacalhau ou o pernil da Casa Guedes. E os emblemáticos cafés Majestic e Guarany também não fogem ao roteiro do escritor.
Considerando que o "Porto funde o novo com o antigo", o cronista não deixa de se maravilhar com algo tipicamente português e que na Invicta encontra em elevado número: os azulejos, que adornam edifícios centenários, igrejas e marcam a identidade do casario. "As cenas campestres e históricas" da Estação de São Bento ou a talha dourada da Igreja de Santa Clara não escapam ao olhar do turista atento Martín Casariego.
No "pouco conhecido" Museu Militar, localizado na Rua do Heroísmo, que outrora foi quartel-general da PIDE, o escritor pôde ver a espada do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e muitos outros artefactos bélicos que perpassaram séculos.
A acompanhar o artigo, um pequeno vídeo propõe cinco coisas para fazer na cidade em 24 horas. Já no Facebook fica comprovada a atractividade do destino Porto, a julgar pelo elevado número de interações e comentários gerados pela partilha da notícia, bem acima da média das restantes publicações da página.
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